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Cruzeiro terá reunião com investidor para sanar problema judicial sobre direitos de Goulart

Clube celeste deverá tentar adquirir outra parte dos direitos do meia-atacante

postado em 13/01/2015 15:59 / atualizado em 13/01/2015 20:55

Paulo Filgueiras/EM/D.A. Press
O Cruzeiro se reunirá, até o fim desta semana, com os empresários que detêm os outros 50% dos direitos econômicos de Ricardo Goulart. Negociado por 15 milhões de euros com o Guangzhou Evergrande, o meia-atacante é motivo de briga judicial entre investidores e o Banco BMG desde a transferência do Goiás ao clube celeste, em 2013. O Cruzeiro aparece como segundo réu.

De acordo com o advogado de Higor Luiz Fernandes Sousa, empresário do transporte público e dono de 45% dos direitos de Goulart desde a formação do atleta, no Santo André, uma reunião está marcada para que as partes entrem em acordo. A expectativa, segundo apurou o Superesportes, é de que o Cruzeiro ofereça um valor pela compra dos direitos.

“O meu cliente está conversando com o pessoal do Cruzeiro. O Higor está disposto a chegar a um acordo e deve se encontrar com o Gilvan até o fim de semana. Existe uma discussão judicial, questão inerente ao Coimbra. Depende de o Cruzeiro (dono dos direitos federativos) repassar a parte que cabe ao meu cliente. Caso isso não aconteça, aí é questão de Justiça. Agora que os valores estão fixados, não há como mudar muita coisa do percentual, mas o Higor tem maleabilidade para discutir com o Cruzeiro a possível aquisição de alguma parte”, disse Aldo Giovani Kuler à reportagem.

Entenda o caso

Ricardo Goulart era jogador do Santo André quando Higor Luiz Fernandes Sousa, empresário do transporte público em Taubaté e sobrinho do então presidente do clube do interior paulista, adquiriu 50% dos direitos econômicos do meia. Goulart foi emprestado ao Internacional, mas o clube gaúcho optou por não exercer a opção de compra no fim do contrato.
 
Divulgação
Em negócio intermediado pela Sport Base, o Banco BMG adquiriu 50% dos direitos do atleta junto ao Santo André, o registrou pelo Coimbra e emprestou ao Goiás. Como comissão por ter conduzido o negócio, a Sport Base ficou com 5% dos direitos. Com o sucesso do Goiás na Série B, Goulart foi negociado para o Cruzeiro e deu início ao imbróglio.

Impasse judicial

O contrato entre as partes exigia que as movimentações fossem feitas em conjunto, mas o BMG negociou sua porcentagem sem avisar aos demais investidores. O correto, segundo Higor e a Sport Base, era de que o banco mineiro repassasse 50% do valor da venda (fechada em 2 milhões de euros), e seguisse com 25% dos direitos econômicos – o Cruzeiro ficaria com 50%, o BMG com 25% e a Sport Base/Higor com outros 25%. O banco, no entanto, teria alegado que não confiava tanto no jogador e por isso comercializou toda sua parte dos direitos. O imbróglio é motivo de briga na Justiça.
 
Após Goulart se destacar no Cruzeiro e conquistar o Campeonato Brasileiro, em 2013, o banco mineiro tentou uma reaproximação com os investidores e um acordo pelo que era cobrado na Justiça, mas não obteve sucesso. No ano passado, já procurando se resguardar e impedir que a situação se repetisse com a possível venda do meia, os advogados da Sport Base e de Higor entraram com uma nova ação pedindo ao juiz que estudasse uma forma de bloqueio dos valores em caso de venda do jogador.
 
Com a venda iminente de Goulart, os investidores esperam receber os 50% a que tem direito. No entanto, acham que o risco de que o clube celeste oficialize apenas a venda de sua porcentagem dos direitos do meia. Assim, Higor e a Sport Base seguiriam com os 50% dos direitos econômicos do jogador e jamais teriam o retorno do que foi investido.
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