“Primeiro vamos falar da atuação da equipe. Vínhamos de uma eliminação na Copa Libertadores, então tínhamos que ter postura para tentar buscar a primeira vitória dentro de casa. Não havíamos vencido nenhum jogo como mandante. Trazíamos essa carga com a gente e precisávamos desmanchar isso. A equipe teve personalidade, teve jogo, teve controle. Eu estou satisfeito com o que a equipe apresentou. Os campeões também precisam ser humildes de saber que do outro lado tem uma grande equipe, com os mesmos propósitos que a gente. Fizemos a primeira parte da final. Vamos disputar o título em São Paulo na quarta-feira que vem. Estamos vivos para disputar o título”.
A surpresa na escalação cruzeirense foi o volante Ariel Cabral, que entrou no lugar de Lucas Silva. De acordo com Mano Menezes, a mudança ocorreu por razões estratégicas. Como o Corinthians jogaria para segurar ao menos um empate e deixaria as suas linhas recuadas, a Raposa controlaria a posse de bola. Logo, precisaria de um volante com características mais ofensivas. No entendimento de Mano, Ariel Cabral era esse jogador.
“Ariel Cabral entrou porque eu queria equilibrar um jogador canhoto para dar equilíbrio de passagem ao lado esquerdo. Também entendi que os nossos volantes deveriam armar mais o jogo, porque o Corinthians jogou com linhas baixas em partidas anteriores e foi o que aconteceu hoje. E Ariel Cabral é um pouco mais meia do que o Lucas Silva. O Lucas é volante. A escolha foi para dar uma saída natural do lado esquerdo, por um jogador para apoiar e buscar o passe para frente em direção a Rafinha. Acho que funcionou bem. O Lucas não saiu porque estava jogando mal. Apenas foi uma questão estratégica para esse jogo em que sabíamos que teríamos a posse da bola e precisaríamos de criação dos dois jogos. As coisas funcionaram bem”.
“Essa é uma boa pergunta, porque isso remete para aquela análise que a gente sempre faz. Nós treinadores tentamos fazer o que às vezes você tentam nos apertar para o lado de que o técnico decide só jogar atrás ou só decide atacar. Isso não é uma decisão unilateral. O Corinthians não conseguiu fazer isso por mérito do Cruzeiro, não por uma escolha. O Corinthians queria que a gente atacasse de maneira errada, pois tinha jogadores de velocidade dos dois lados e um homem flutuando por trás de nossos volantes, que era Jadson. Eu disse que se atacássemos de maneira errada e precipitada, levaríamos contra-ataque. O entendimento do jogo da equipe fez com que os números fossem tão para um lado quanto para outro lado. Não foi uma escolha exclusiva do Jair”.
Com 1 a 0, o Cruzeiro jogará contra o Corinthians na próxima quarta, às 21h45, na Arena Corinthians, em São Paulo. Um empate basta ao time para assegurar o sexto título da Copa do Brasil e se tornar o maior campeão do torneio. Enquanto os titulares ganharão descanso até lá, os reservas enfrentarão o Vasco, às 16h de domingo, no estádio de São Januário, no Rio, pela 29ª rodada do Brasileiro.