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Imprensa argentina destaca 'escândalo' envolvendo Cruzeiro antes de decisão contra o River

Polícia Civil investiga membros da diretoria do clube por falsificação de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

postado em 09/07/2019 15:32 / atualizado em 09/07/2019 17:54

<i>(Foto: Reprodução / Olé)</i>

Principal jornal esportivo da Argentina, o Diário Olé repercutiu a Operação Primeiro Tempo, da Polícia Civil, deflagrada nesta terça-feira, em Belo Horizonte. Alvo de 16 mandados de busca e apreensão, o Cruzeiro medirá forças com o River Plate, no dia 23 de julho, em Buenos Aires, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. A volta está marcada para o dia 30, no Mineirão.

“A divisão especializada em investigação e fraude da Polícia Civil de Belo Horizonte fez buscas nas principais instalações do clube brasileiro e de seus dirigentes, um marco no escândalo de irregularidades pela venda de um jogador juvenil”, diz trecho da reportagem, relembrando o envolvimento de um percentual dos 'direitos econômicos' de Estevão Willian, de 12 anos.

O caso da promissora criança Estevão Willian está relacionado ao empréstimo de R$ 2 milhões contraído pelo Cruzeiro com o empresário Cristiano Richard dos Santos Machado, sócio de firmas que atuam na locação de veículos e equipamentos de proteção.

Como forma de quitação do débito com Cristiano Richard, o clube incluiu parte dos direitos de jogadores do profissional, como Raniel (5%), Murilo (7%) - esses dois já foram vendidos pelo clube -, Cacá (20%), David (20%), e de outros que passaram pela base e foram negociados, casos de Gabriel Brazão (20%) e Vitinho (20%). O Cruzeiro ainda inseriu participação em futura venda de Estevão William, que, pelas leis trabalhistas, só poderá assinar vínculo laboral a partir dos 16 anos.

Já a página Doble Amarilla diz que o Cruzeiro está “envolvido em um escândalo”. Segundo a matéria, o “clube está preocupado com as sanções que podem ser importas” por causa de supostas irregularidades que estão em investigação.  

Investigação


A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências do presidente do clube, Wagner Pires de Sá; do vice de futebol, Itair Machado; do diretor-geral, Sérgio Nonato; do empresário Cristiano Richard dos Santos Machado, nos centros de treinamentos Tocas da Raposa I e II, e no galpão da Máfia Azul, organizada ligada ao clube. Houve apreensão de documentos, celulares e computadores.

Essa é a sequência da operação que investiga membros da diretoria do clube por falsificação de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro e acontece na antevéspera do clássico contra o Atlético, marcado para às 20h desta quinta-feira, no Mineirão, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil.

A diretoria do Cruzeiro se manifestou, por meio de nota, sobre a operação da Polícia Civil. O clube informou que "entregou às autoridades toda a documentação solicitada para a investigação".

De acordo com a nota, o Cruzeiro "continuará à disposição das autoridades competentes para quaisquer tipos de outros esclarecimentos necessários". A Raposa, contudo, lamentou que a operação "esteja acontecendo exatamente às vésperas de uma decisão importante na Copa do Brasil".

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