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“Saí aliviado do Cruzeiro. Você não suporta mais uma situação. É um martírio porque você quer continuar vencendo. E dá trabalho manter a roda girando", completou.
As semanas que antecederam a despedida de Mano foram trágicas para o Cruzeiro - dentro e fora das quatro linhas. Além da derrota por 1 a 0 para o Internacional no Mineirão, no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil, o treinador acumulou outros 17 jogos com apenas uma vitória na bagagem. Já sob o comando de Rogério Ceni, a Raposa acabou novamente superada pelo Colorado, desta vez por 3 a 0, no Beira-Rio, e confirmou a eliminação na competição mata-mata.
Fora de campo, o treinador também precisou servir de escudo para a diretoria do Cruzeiro. Reportagem do Fantástico, da TV Globo, mostrou, no fim de maio, que a cúpula celeste, sempre próxima do Mano na tomada de decisões, era investigada pela Polícia Civil por suspeitas de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica.
Apesar dos problemas na reta final da trajetória, Mano conduziu trabalho longevo no Cruzeiro. Ele foi contratado em 26 de julho de 2016, com a missão de salvar o clube do rebaixamento no Brasileiro após a saída do português Paulo Bento. Deu certo. O time saltou da 19ª colocação, na 16ª rodada (15 pontos), para a 12ª, ao término da competição (51 pontos). Nos anos seguintes, o comandante colheu os frutos do bom trabalho e se tornou especialista em torneios de mata-mata. Foram duas conquistas da Copa do Brasil, em 2017 e 2018, além de dois títulos estaduais, em 2018 e 2019.
Graças aos três anos consecutivos de trabalho, Mano Menezes alcançou a quarta posição entre os técnicos que mais dirigiram o Cruzeiro, com 235 partidas. Contando os números da primeira passagem, no segundo semestre de 2015, foram 112 vitórias, 69 empates e 54 derrotas. A Raposa marcou 333 gols e sofreu 205.