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Presidente do Envigado diz que Guzmán não assinou contrato com Cruzeiro

'O jogador aceitou a proposta salarial, mas não havia contrato', afirmou Ramiro Ruiz em entrevista ao programa Blog Deportivo, da Blu Radio

postado em 22/04/2021 22:37 / atualizado em 22/04/2021 23:20

(Foto: Divulgação/Envigado)
O presidente do Envigado, Ramiro Ruiz, falou sobre a negociação frustrada entre o meia Yeison Guzmán e o Cruzeiro. Segundo o dirigente, não havia nenhum contrato assinado entre as partes, e sim uma espécie de aceite do jogador à oferta salarial do clube mineiro. “Foi firmada a aceitação da proposta salarial, entre jogador e Cruzeiro, mas não havia contrato firmado”, disse, em entrevista ao programa Blog Deportivo, da Blu Radio.

Tão logo concordou com as condições, Guzmán foi anunciado como reforço celeste há uma semana, em 15 de abril. O perfil oficial da Raposa no Twitter fez diversas publicações em espanhol em busca de engajamento com os torcedores, que se mostraram bastante animados com a aquisição.


Cinco dias depois, porém, o Cruzeiro foi pego de surpresa com a desistência de Guzmán e prometeu tomar medidas jurídicas cabíveis em relação ao descumprimento do acordo. O agente do jogador, Kormac Valdebenito, é quem teria dificultado a operação após ficar insatisfeito com a participação dos intermediários Alexander Viveros e Gianfranco Petruzziello.

Ruiz deixou bem claro que não houve nenhuma interferência do Envigado na decisão do atleta. “Nós como instituição cumprimos o que havíamos falado. No fim de semana houve uma proposta firmada por Yeison, que decidiu não ir para o Cruzeiro”.

Desta forma, o presidente não crê em empecilhos para o clube colombiano caso o Cruzeiro entre com um processo na entidade máxima do futebol. “Acreditamos que o Envigado não terá consequências negativas do ponto de vista jurídico e o jogador dependerá da postura da Fifa após firmar esse acordo”.

Em entrevista à Rádio Itatiaia na quarta-feira, Gianfranco Petruzziello, que representou o Cruzeiro nas conversas com o Envigado, garantiu que Yeison Guzmán assinou um pré-contrato com informações de salários, bonificações e tempo de vínculo (dezembro de 2025).

“Não tem o que questionar. Eles recebem uma minuta. Algo acontece entre o atleta e o Kormac, que abala demais principalmente a cabeça do jogador, e aí eles simplesmente desistem e usam como desculpa para a operação não caminhar que não estão de acordo com o documento que o próprio jogador três dias antes tinha dado aceite”.



Petruzziello confirmou o questionamento do agente de Guzmán a respeito da divisão dos salários na carteira de trabalho e o direito de imagem. O jogador já havia sido avisado quanto ao formato de recolhimento de impostos na legislação brasileira.

“Existiam os descontos trabalhistas normais, o que foi explicado ao jogador. A grande dúvida era em relação ao direito de imagem onde a gente não tem a exatidão de quanto vai ser descontado porque o atleta não tem uma empresa formalizada no Brasil”.

Conforme a Rádio Itatiaia, o Cruzeiro pagaria US$1,2 milhão (R$6,6 milhões) ao Envigado, que manteria 20% de participação em uma venda futura de Guzmán. Tratado como um meia de transições rápidas, com boa visão de jogo e desequilibrador no um contra um, Yeison disputou 132 partidas oficiais por seu clube e marcou 28 gols. 

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