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LIGA SUL-MINAS-RIO

Eleito executivo da Sul-Minas-Rio, Kalil aponta desafio de gerir liga e interesses de vários clubes

Ex-presidente do Atlético recebeu convite por meio de Gilvan de Pinho Tavares

postado em 25/09/2015 19:19 / atualizado em 25/09/2015 19:41

Beto Magalhaes/EM/D.A. Press
Alexandre Kalil aceitou o convite para ser o CEO (Chief Executive Officer) da Liga Sul-Minas-Rio. A escolha pelo ex-presidente do Atlético foi unânime e tomada em reunião nessa quinta-feira, durante encontro que reuniu representantes dos clubes fundadores da Liga.

Representante do grupo, o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, foi incumbido de convidar Kalil, que se surpreendeu com a escolha, mas aceitou prontamente. “Foi uma eleição, não foi um convite. Eu não sabia, estava no exterior. Fiquei sabendo pelo Gilvan. Fui escolhido por unanimidade para ser o executivo. Estou muito honrado. É um desafio muito grande, um produto muito grande. Não adianta eleger e largar para lá. Agora não defendo um clube, passo a defender 10. O negócio não é brincadeira, como tudo meu, gosto de seriedade. Fiquei satisfeito de o Gilvan me ligar”, disse o ex-mandatário do Atlético ao Superesportes.

O primeiro desafio, segundo o novo CEO da Liga, é formatar a competição. A expectativa do grupo é de que a Copa seja disputada já a partir de 2016. “O grande desafio agora é fazer o produto. Sempre sonhei com uma liga. Isso cair para mim é surpreendente. Não estava pensando nisso, não pedi voto”, afirmou o dirigente, que ressaltou a necessidade de defender o interesse de todos os clubes.

“Temos que conversar. Em liga de futebol, o princípio básico é fazer o que é bom para os clubes. Liga não é do presidente dela ou do CEO. Liga é dos clubes. Temos que saber qual o objetivo dos clubes para administrar com responsabilidade”, completou.

Gilvan explica motivos da escolha

Atual presidente da Liga Sul-Minas-Rio, Gilvan explicou os motivos que fizeram o grupo optar por Kalil. “Escolhemos ele por razões muito simples: primeiro porque tínhamos que achar uma pessoa que não estivesse dirigindo um clube. Segundo, porque tinha que ser uma pessoa que estava ligado ao futebol e que conheça tudo dos bastidores do futebol brasileiro. Pensamos nele e no Leonardo (ex-jogador e técnico) desde a primeira reunião. Ambos tiveram uma uma aceitação geral por que conhecem desses meandros do futebol e teriam coragem de enfrentar qualquer guerra. Acabamos optando pelo Alexandre”. Segundo o cruzeirense, o nome de Kalil foi sugerido por Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR.

A ideia dos responsáveis pela Liga é de que Kalil já lidere a comitiva que visitará a CBF na próxima semana, em busca do aval da Confederação para a realização da Liga já em 2016. “Vamos, agora, comunicar ao restante dos membros da Liga e já marcar a reunião com o Marco Polo del Nero para a próxima semana. O Alexandre já participará deste encontro”, afirmou Gilvan.

Na projeto executivo da Liga, o cargo de CEO, que será assumido por Alexandre Kalil, é remunerado. Gilvan explica que, no entanto, não há prazo para isso, já que a Liga está sem receitas. “Esse cargo tem que ser remunerado. A partir de quando a gente ainda não sabe. Como não temos receita, não temos como precisar como vai ser essa remuneração. Mas estamos realizando alguns estudos e em breve teremos uma reposta”, pontuou.

Modelos

De acordo com a assessoria da Federação Catarinense de Futebol, os gestores da Liga sugeriram dois formatos de disputa. Um com a utilização de oito datas e participação de 12 clubes e outra com nove datas e participação de 10 clubes. O modelo com 12 clubes teria três grupos de quatro equipes, turno único, semifinais e finais. Já a fórmula com 10 clubes teria dois grupos de cinco clubes, turno único, semifinais e finais.

A Liga Sul-Minas-Rio tem como fundadores Figueirense, Joinville, Chapecoense, Criciúma, Avaí, Flamengo, Fluminense, Internacional, Grêmio, Atlético, Cruzeiro, Coritiba, Atlético-PR, Paraná Clube e América. Os dois últimos foram aceitos, mas, a princípio, não disputarão o torneio em 2016. Para efeitos de votações que estejam relacionadas à realização da Copa Sul Minas Rio, terão direito a voto apenas os clubes participantes da competição.

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