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SÉRIE D

Vice-presidente do Tupi cobra punições: 'Não podemos beneficiar o clube infrator'

José Roberto Maranhas afirmou que clube de Juiz de Fora entrará com recurso pedindo eliminação do Aparecidense-GO e contará com apoio da Federação Mineira de Futebol

postado em 08/09/2013 12:21 / atualizado em 08/09/2013 16:00

Leonardo Costa/Tribuna de Minas

Uma atitude antidesportiva do massagista Esquerdinha, do Aparecidense-GO, impediu a classificação do Tupi às quartas de final da Série D do Campeonato Brasileiro, nesse sábado, em jogo realizado no Estádio Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora. Aos 44 da etapa final, ele invadiu o campo, pulou sobre a bola e evitou o gol de Ademílson, que daria a vitória ao clube mineiro por 3 a 2 e a vaga na próxima fase. Depois de muita polêmica, a partida foi reiniciada pelo árbitro Arilson Bispo da Anunciação, mas terminou empatada por 2 a 2, resultado que eliminou o Galo Carijó.

Mas o Tupi não ficará parado. O vice-presidente do clube de Juiz de Fora afirmou que o Galo Carijó entrará com recurso no STJD pedindo eliminação e punição de dois anos para o Aparecidense. "Essas coisas só acontecem no Brasil porque não temos punições severas. Há alguns anos, um gândula colocou a bola para o gol em São Paulo e a árbitra validou o lance. Não tivemos punições ao time e a coisa ficou por isso mesmo. Às vésperas de uma Copa do Mundo no Brasil, essas imagens vão passar em todos os países. Não podemos nos mostrar um país impune. O Tupi exige a eliminação do Aparecidense e a nossa classificação, que seria garantida com o gol do Ademílson. Além disso, eles deveriam ser suspensos por dois anos das competições da CBF, além do banimento do massagista do futebol brasileiro", disse José Roberto Maranhas, em entrevista ao Superesportes.

Apesar de confiante no recurso que será pedido pelo Tupi, José Roberto afirmou que o Aparecidense deverá exigir outra partida, o que ele acha ainda mais absurdo que o lance do último sábado. "Estamos confiantes que classificaremos para a próxima fase da Série D. Eles vão querer que o jogo seja anulado e tenhamos outra partida. Não existe isso, é um absurdo. Não podemos dar chance ao infrator. É a única maneira de tratar esse caso, para que ele não se repita em nosso futebol", completou.

Apoio da Federação

O Tupi, que receberá o apoio da Federação Mineira no caso, pede que o Tribunal se lembre da punição severa aplicada ao Coritiba (invasão de campo dos torcedores após o rebaixamento), em 2009, para o julgamento do Aparecidense. "Já entramos em contato com a Federação Mineira, que vai nos apoiar integralmente. Os torcedores do Coritiba invadiram o campo e o clube foi punido com a perda de 30 jogos de mando de campo. Queremos que o Aparecidense seja julgado desta forma, porque não admitimos esse tipo de situação", afirmou Maranhas.

O vice-presidente ainda ressaltou que o futebol brasileiro perderá muita credibilidade caso esse lance não for punido da forma correta. "O futebol brasileiro perde credibilidade. Isso vai começar a acontecer na Série A. Os clubes vão começar a colocar alguém para evitar uma derrota, pois o máximo da punição seria banir um massagista, que não representa nada demais", concluiu.

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