De volta ao UFC, GSP admite que superluta contra Anderson Silva pode ser realizada

Um dos campeões mais dominantes da história do Ultimate Fighting Championship, Georges St-Pierre acertou o retorno ao octógono após mais de três anos de pausa na carreira. Na reestreia, o ex-detentor do cinturão dos meio-médios enfrentará Michael Bisping, em duelo pelo título dos médios, ainda sem data marcada.  Apesar do foco no compromisso, GSP admitiu que a possibilidade de disputar uma superluta contra Anderson Silva na sequência e explicou os motivos para o duelo não ter sido realizado antes.

“É possível. Na verdade, a única vez que me ofereceram realmente essa luta contra Anderson foi depois que eu enfrentei Johny Hendricks, quando decidi me afastar das lutas. Recusei essa luta não porque eu não quisesse lutar contra Anderson. Eu não queria lutar com ninguém. Se fosse um anão ou um gigante, eu também me negaria a lutar. Eu só queria descanso e não lutar mais naquele momento”, declarou o canadense, em entrevista ao programa UFC Unfiltered.

Em meio a rumores sobre a superluta, Georges St-Pierre revelou que cobrou o UFC a realização de exames antidoping mais rigorosos para ele e Anderson Silva. No entanto, a organização, à época, não aprovou a proposta, e GSP priorizou enfrentar os desafiantes nos meio-médios.

“Eu conversei com o antigo dono do UFC, Lorenzo Fertitta, e Dana White várias vezes sobre Anderson Silva. Havia uma lista enorme de desafiantes na minha divisão. Se eu tivesse que enfrentá-lo, seria em peso casado, porque defenderia o meu cinturão depois. E eu queria fazer essa luta com testes antidoping da WADA, já que o UFC ainda não tinha a parceria com a USADA. Acredito que eles não gostaram da minha ideia. Eu lesionei meus ligamentos do joelho, e muita gente estava esperando para me enfrentar na divisão. Não tinha como pensar enfrentar Anderson naquele momento”, comentou.

Georges St-Pierre está afastado do Ultimate desde o triunfo sobre Johny Hendricks, por decisão dividida, em novembro de 2013, quando manteve o cinturão dos meio-médios pela nona vez, apenas uma a menos que o recordista em defesas de título da organização: Anderson Silva. Já o brasileiro passou por momento de turbulência na carreira e ficou quatro anos sem vitória. O ‘Spider’ perdeu o cinturão dos médios, sofreu uma grave lesão na perna esquerda, foi flagrado em exame antidoping e foi derrotado por Michael Bisping e Daniel Cormier até conseguir a recuperação, no mês passado, com triunfo contra Derek Brunson, no UFC 208, em Nova York.