Nocauteado por Holloway, Aldo estava em vantagem na luta nas papeletas dos juízes

Protagonista do UFC 212, no fim de semana passado, no Rio de Janeiro, José Aldo decepcionou a torcida ao ser nocauteado por Max Holloway no terceiro round, na disputa pelo cinturão unificado do peso pena. Com o resultado, o brasileiro perdeu o cinturão linear da categoria pela segunda vez. O que torna a derrota mais dolorosa é que o manauara estava em vantagem no combate nos dois assaltos anteriores, de acordo com as marcações dos três árbitros laterais.

Guilherme Bravo, da Comissão Atlética Brasileira de MMA, e os norte-americanos Derek Cleary e Chris Lee, foram os três jurados do duelo entre Aldo e Holloway. Ambos marcaram a mesma pontuação nos dois rounds. O brasileiro venceu cada um por 10 a 9, levando uma boa vantagem de 20 a 18 para o terceiro round.

Os dois primeiros rounds foram parelhos, com alternância de vantagem para cada um dos competidores. Aldo se movimentou muito, controlou bem a distância e disparou fortes jabs e cruzados, além de chutes na linha de cintura. Com maior envergadura, Holloway passou a pressionar mais e  acertou um poderoso direto de direita, mandando Aldo a knockdown. No chão, o brasileiro resistiu bravamente ao castigo no ground and pound até a interrupção do árbitro John McCarthy, a 4min13seg do terceiro assalto.
 
José Aldo voltou a ser campeão linear do peso pena em dezembro do ano passado, com a saída de Conor McGregor da categoria, depois de conquistar o título dos leves. O brasileiro teve o primeiro reinado na divisão até 66kg de 2011 a 2015, com sete defesas de título bem-sucedidas. Ele perdeu o posto ao ser nocauteado de forma devastadora pelo irlandês McGregor, em apenas 13 segundos de luta, há um ano e meio.  O revés para Max Holloway foi o terceiro do lutador da Nova União em 29 combates na carreira.