Holloway analisa tática usada contra Aldo e provocações: 'Ele não queria mais lutar'

Novo campeão do peso pena do Ultimate Fighting Championship, Max Holloway comentou a estratégia usada na vitória sobre José Aldo, por nocaute técnico, no terceiro round. Apesar da desvantagem na pontuação dos jurados, o havaiano apontou a cautela e as provocações como trunfos para explorar as brechas do adversário no combate no Rio de Janeiro, valendo o título unificado da categoria. Na visão do ‘Abençoado’, o brasileiro demonstrou estar desestabilizado no fim do segundo round e já não mostrava os mesmos reflexos aos golpes.  

“Toda vez que eu o batia, ele reagia de alguma forma. No início dos rounds, quando eu fintava, ele tinha uma reação, pulando para trás. Eu via esses grandes movimentos dele e percebia que ele estava lutando rápido, reagindo a algumas coisas que eu fazia. Mas, em determinado momento, vi que algo diferente. Eu disse a mim mesmo que ele não estava atacando. Pensei que era a hora de provocar. Vamos provocar e ver se ele cai. Eu levantei minhas mãos por alguns segundos, e ele não fez nada. Fiz novamente, e nada. Percebi que ele não queria mais lutar”, declarou Holloway ao programa The MMA Hour, do portal MMA Fighting.

Holloway também destacou a confiança na estratégia e considerou a conquista do cinturão representa a consolidação da nova geração de lutadores nas artes marciais mistas.  

“Esses caras estão jogando damas, eu estou aqui jogando xadrez. Quando descobrem, é muito tarde. Já sabia que nosso plano de jogo funcionaria. Aldo é um dos maiores de todos, mas é hora de uma nova era. É a hora da onda de caras novos.  Nós, jovens, estamos chegando e provando isso. Estamos mostrando ao mundo que estamos aqui para ficar. O MMA está evoluindo. Você evolui com o esporte ou fica para trás. Estou tentando lidar com isso”, comentou o lutador de 25 anos.

Com o resultado no Rio, José Aldo perdeu o cinturão do peso pena do UFC pela segunda vez – anteriormente, deu adeus ao aposto de campeão com nocaute sofrido para Conor McGregor. Apesar dos tropeços, Holloway exaltou o legado de José Aldo, que ficou invicto por dez anos e permaneceu no topo da divisão de 2009 a 2015, justando os períodos de WEC e Ultimate.
 
“Eu senti a necessidade, porque as pessoas continuam tentando manchar e afastar esse cara. Você deve entender que esse cara fez para todos os lutadores pequenos. Ele é um pioneiro para as divisões de caras menores. Quando você pensa nas classes de 61kg e 66kg, você pensa em Urijah Faber, Dominick e José Aldo. José Aldo foi o maior”, elogiou.