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Hunt volta a atacar UFC e ironiza GSP: 'Como o deixam lutar após dizer que vê aliens?'

Irritado, 'Super Samoano' ainda cobra explicações por veto para luta em Sydney

postado em 24/10/2017 11:07 / atualizado em 24/10/2017 11:17

Ethan Miller/AFP

Retirado do card do UFC em Sydney por precaução médica, Mark Hunt segue na bronca com a organização. O ‘Super Samoano’ seria protagonista do evento no dia 18 de novembro, contra Marcin Tybura, mas foi substituído por Fabricio Werdum após declarar que sofria sequelas pela carreira no MMA e relatar sintomas de encefalopatia crônica e desordem neurológica, devido a traumas na cabeça. Ainda inconformado com o corte, o neozelandês voltou a garantir que está apto a lutar e ironizou as autorizações concedidas a outros lutadores, como Georges St-Pierre, que volta ao octógono em 4 de novembro, no UFC 217, em disputa pelo cinturão dos médios contra Michael Bisping, em Nova York.

“Não há nada nos resultados dos exames que diz que não posso lutar. O UFC diz está cuidando do meu bem-estar, mas por que eles me colocaram para enfrentar lutadores dopados? Como deixam Georges St-Pierre lutar, apesar de ele ter dito que vê aliens? Eles permitiram um cara lutar com infecção de estafilococos (Kevin Lee, contra Tony Ferguson, no UFC 216). Se ele (Dana White, presidente do UFC) está tão preocupado com o nosso bem-estar, porque ele fez isso tudo?”, disparou o peso-pesado, em entrevista à ESPN.

Anteriormente, Hunt alegou que a declaração sobre os danos cerebrais foi distorcida, reclamou do prejuízo financeiro com a saída do card e bombardeou Dana White. Para o veterano de 43 anos, a ação que move contra o UFC por ter enfrentado adversários dopados, como Brock Lesnar na edição 200, em julho do ano passado, foi o verdadeiro motivo do corte - Frank Mir e Antônio Pezão também foram flagrados logo após combates contra o neozelandês. O presidente do Ultimate, no entanto, negou questão pessoal e disse que apenas estava “protegendo Hunt dele mesmo”.

Mark Hunt ainda afirmou que não foi informado oficialmente do motivo do veto e disparou mais ataques ao UFC. “Uma jornalista me ligou e disse que eu não lutaria em Sydney. Eu tive de verificar se isso era verdade e fiquei muito triste. Perdi muito dinheiro nesse camp. Ter deixado essa luta me custará mais de US$ 1 milhão. Eu tinha planos para esse dinheiro, e tenho impostos a pagar. Ser informado disso através de uma jornalista é ridículo. Eles poderiam ter me ligado. A grande questão é: eu não sei porque me tiraram da luta, se eu passei nos exames. Eu ainda não sei. Eu gostaria de saber porque fui colocado de lado”, concluiu.

Quinto colocado do ranking dos pesados, Mark Hunt vem de vitória sobre Derrick Lewis, em julho deste ano, por nocaute. Ídolo do MMA na Oceania, o ‘Super Samoano, que tem passagem por Pride e outros eventos, tem 13 triunfos, 11 derrotas, um empate e um No Contest em 13 anos de carreira. No UFC, o neozelandês chegou a disputar o cinturão interino dos pesados, mas acabou nocauteado pelo brasileiro Fabricio Werdum, em 2014.  

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