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Bisping lamenta perda do cinturão do UFC, mas enaltece St-Pierre: 'Foi o melhor'

Inglês projeta rápido retorno ao octógono para apagar revés por finalização

postado em 06/11/2017 13:59 / atualizado em 06/11/2017 14:12

Mike Stobe/AFP

O reinado de Michael Bisping no peso médio do Ultimate Fighting Championship chegou ao fim. O inglês defendeu o cinturão pela segunda vez diante de Georges St-Pierre, que voltava ao octógono depois de quatro anos de aposentadoria, e acabou finalizado no terceiro round da luta principal do UFC 217, no Madison Square Garden, em Nova York, no sábado passado. Na entrevista coletiva após o evento, o ‘Conde’ destacou as qualidades do canadense, reconheceu a derrota, mas não perdeu o bom humor ao analisar o combate.

“Georges foi o melhor e me venceu. Não quero tirar o mérito dele, mas ele me machucou em nenhum golpe. Talvez isso me deixava tão confiante. Eu esperava que ele usaria o wrestling. Ele estava muito forte, mas eu me sentia bem mesmo quando ele me levou para o chão. Eu consegui o que queria, acertar cotoveladas, e estava bem em pé.  Mas ele me venceu, Ele não me surpreendeu, exceto quando acertou o gancho de esquerda que me derrubou. Isso foi uma grande surpresa. Sinceramente, ele tem um bom queixo. Eu esperava que ele estaria mais forte, porque ele é um cara profissional que trabalha duro. Ele parecia um peso-médio quando me finalizou. Honestamente, agora só estou preocupado em qual bar eu vou para beber. Quando você ganha, você bebe para comemorar Quando perde, bebe para afogar as mágoas. É assim que você se ferra de verdade”, brincou.
 
Michael Bisping minimizou os danos físicos sofridos na luta e demonstrou vontade de voltar rapidamente ao octógono em busca da recuperação. Ele ainda exaltou a trajetória como detentor do cinturão e o respeito a St-Pierre, recordista em defesas de título nos meio-médios e que se tornou o quarto lutador na história do UFC a ser campeão em duas categorias diferentes – BJ Penn, Randy Couture e Conor McGregor são os outros.

“Não preciso de folga. Eu não tive lesão, só alguns arranhões no rosto. Estou bem. Não quero que a imagem da última vez em que lutei seja eu sendo estrangulado. Não sei se vou ser o protagonista, porque fui apagado aqui, mas quero lutar no UFC em Londres, em março. Eu adoro o que faço. Nasci em uma cidadezinha no noroeste da Inglaterra e nunca pensei que protagonizaria um evento no Madison Square Garden. Não foi minha noite, mas é isso que acontece nos esportes profissionais: um homem ou time vence, e outro homem ou time perde. E eu perdi. Parece que ontem eu era o campeão do mundo! (risos) Mas estou feliz e orgulhoso do que conquistei na minha carreira. Sim, estou bravo. Mas a vida continua. Luto pelos meus fihos. Ouvi dizer que o evento vendeu mais de um milhão de pacotes de pay per view. É como um prêmio de consolação. Eu luto para vencer, mas para ser pago também. É como se fosse um prêmio de consolação. Estou arrasado. Todo o respeito a Georges, ele me venceu. Achei que eu o detonaria, mas iss não aconteceu. Paciência”, desabafou.

Michael Bisping conquistou o cinturão dos médios em junho do ano passado, com nocaute sobre Luke Rockhold. Quatro meses depois, ele defendeu o título ao bater Dan Henderson. Após longo período em recuperação de lesão no joelho, o inglês encarou o lendário GSP, que subiu de categoria para o retorno ao MMA, e sofreu a oitava derrota em 38 lutas no cartel profissional.

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