O presidente do UFC, Dana White, respondeu à declaração de Conor McGregor sobre falta de ânimo para permanecer em ação pela companhia. O irlandês, que anunciou aposentadoria, disse que a organização lhe ofereceu ‘lutas estúpidas’ e que não se sentia mais motivado a continuar. O dirigente rebateu o Notorious e revelou que o próprio atleta se recusou a participar de um evento, o UFC 249, em 9 de maio.
Na ocasião, Dana White disse que McGregor poderia ter lutado no evento como substituto do campeão dos leves, Khabib Nurmagomedov. O russo não conseguiu viajar de seu país para os EUA por causa da pandemia do novo coronavírus. Assim, o irlandês seria escalado para enfrentar Tony Ferguson, pelo título interino. Com a recusa do Notorious, conforme o dirigente, a chance foi dada a Justin Gaethje, que venceu o El Cucuy e se credenciou a disputar o cinturão unificado da divisão.
“Ele quer lutar com Gaethje. Gaethje acabou de vencer para lutar com Khabib. Ele acabou de derrotar Tony Ferguson. Conor teve a oportunidade de entrar naquele local se Khabib ou Tony saíssem. Ele chegou e disse: ‘Eu não sou um lutador substituto, não vou fazer isso.’ Ele estaria nessa posição agora se aceitasse a luta. Ele não fez, mas Gaethje fez”, explicou o mandatário do UFC, em entrevista à ESPN norte-americana.
Com a vitória de Gaethje, o UFC programou o duelo pelo cinturão unificado para a edição número 253, ainda sem data e local. Durante o UFC 250, no sábado passado, McGregor anunciou aposentadoria, por meio das redes sociais. Depois, em entrevista, o irlandês explicou o motivo e atribuiu a decisão à falta de ânimo para seguir na organização. Ele ainda disse que a franquia queria oferecer lutas ‘estúpidas’ que não lhe interessavam.
Dana White valorizou o esforço do UFC em promover eventos mesmo em meio à pandemia de COVID-19 e ainda sem público nas arenas. Ele citou como exemplo o investimento para a montagem do octógono na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que receberá quatro eventos em julho, incluindo a edição de número 251, com três disputas de cinturão.
“Conor McGregor está frustrado agora, porque veja o que está acontecendo. Veja o que estamos fazendo. Nós estamos literalmente indo para Yas Island agora para iniciar essas lutas, porque a coisa mais difícil de fazer agora é levar pessoas para o país de outras partes do mundo. Somos um verdadeiro negócio global. Somos os únicos que praticam esportes ao vivo no momento. Se eu continuar lutando nos Estados Unidos, vou queimar todo o meu talento americano”, completou o dirigente.
Depois de mais de um ano fora do octógono, McGregor voltou em janeiro passado, quando nocauteou Donald ‘Cowboy’ Cerrone no UFC 246, logo no primeiro round. No auge na organização, o irlandês conquistou dois cinturões em diferentes categorias: desbancou José Aldo nos penas (66kg) e ainda bateu Eddie Alvarez nos leves (70kg). O Notorious deu uma pausa no MMA e se dedicou à luta milionária de boxe contra Floyd Mayweather, em 2017. A partir daí, ele passou a viver altos e baixos até anunciar aposentadoria pela terceira vez.