Em entrevista à TV Globo, Amanda Nunes, que mora na Flórida, onde treina na conceituada academia American Top Team (ATT) e tem como companheira a noiva, Nina Ansaroff, também lutadora do UFC e que está grávida da primeira filha do casal, Raegan Ann Nunes, com nascimento previsto para setembro, disse que já se sente realizada por ter conquistado cinturões e ter uma vida financeira estável. A Leoa de Salvador pensa em vida nova com a família.
"Estou muito feliz, realizada com tudo isso. Com todo o meu esforço, junto com todas as pessoas que acreditaram em mim, consegui mudar a minha vida, a vida da minha família", disse Amanda, que depois da vitória sobre Felicia Spencer no UFC 250, no dia 6 de maio, em Las Vegas, já anunciara que daria uma pausa no octógono para descansar e que só pensaria em retornar no próximo ano. Ela também recebeu 'gancho médico' de seis meses após avaliação.
Com 11 vitórias seguidas no UFC, Amanda não perde uma luta desde a derrota para Cat Zingano, em 2014. Durante a série invicta, ela conquistou o cinturão dos galos diante de Miesha Tate, no UFC 200, em 2016, e o defendeu cinco vezes, contra Ronda Rousey, Valentina Shevchenko, Raquel Pennington, Holly Holm e Germaine de Randamie. Em dezembro de 2018, a baiana desbancou a temida Cris Cyborg, nocauteou logo no primeiro round e faturou o titulo dos penas.
Na primeira defesa do cinturão da categoria 66kg, Amanda derrotou Felicia Spencer por decisão unânime dos juízes e se transformou na única atleta do UFC, desde a criação da companhia, em 1993, a defender dois títulos ao mesmo tempo. Mesmo exaltada pelo chefão Dana White, inclusive com pagamento ‘recheado’ – no UFC 250 ela recebeu o maior salário, US$ 500 mil (R$ 2,4 milhões) -, a Leoa pretende se dedicar a atividades de apoio a atletas e conta com auxílio da franquia. “O UFC vai dar todo o suporte que eu preciso para continuar tendo meu dinheiro, com trabalho”, projetou.