DESCULPA
Jogador que atua na terça-feira e no domingo e alega cansaço não pode ser titular. Mais correto seria dizer: a feijoada pesou, não consegui sair do lugar, o adversário trouxe uma meninada que nos superou na raça, na vontade. Muitas vezes, essa conversa de que a sequência de jogos mina a resistência do jogador é o mais esfarrapado argumento para esconder a prepotência.
PISCA-PISCA
Interessante o time do Cruzeiro, parece lanterna de alerta: apaga e acende o tempo todo. Faz uma boa jogada, envolve todos os setores do time, a bola segue até o ataque, mas, na jogada seguinte, alguém erra no meio campo ou o deslocamento do atacante não combina com o passe que chega. Isso é coisa de treinamento. Time que joga em alto nível tem que saber, antecipadamente, o posicionamento de cada jogador. Muitas vezes, o passe é feito até sem aquela olhadinha. É só usar o chamado ponto futuro. Mas, no Cruzeiro, isso não ocorre.
MECÃO...
Na Segundona, o América segue tropeçando. Desta vez, conseguiu empatar com o Goiás, que até então era o lanterna da competição. Vão dizer que é cedo para cobrar. Mas não é. O ideal seria pontuar agora para não sofrer no final. Já estamos em maio, chegando à metade do ano e, convenhamos, o América mostrou pouco, muito pouco mesmo, pelo trabalho do seu treinador e pelas contratações. A coisa vai mal. Coelho sem a gordurinha necessária se torna caça fácil.
DO LEITOR
Recebo aqui o e-mail do Nelson Vitorino, que quer uma opinião sobre os goleiros da Seleção. Acho que o Taffarel não tem sido feliz em certas escolhas. Pelo menos dessa vez, resolveram dar uma chance ao Diego Alves. O cara teve que pegar pênalti de Messi, Cristiano Ronaldo e ser destacado pelos holofotes europeus para ser convocado. Como diria um amigo meu: “Demorou”. Mas não adianta convocar e deixar no banco o tempo todo. Tem que deixar jogar.
GABRIEL
Não o do Galo, este está jogando muito. Mas o da Inter de Milão embirrou depois de perceber que não iria entrar no jogo contra a Lazio. Fez cara de menino magoado, pegou seu material, caneleira, aquela chuteira de três cores, toalha, garrafinha d’água, isotônico, boné e coisa e tal, e seguiu para o vestiário. Só que com o jogo em andamento. Perguntado sobre o episódio, o treinador Stéfano Vecchin foi curto e grosso: “Aqui não há lugar para jogador que ‘se acha’”. Ou seja: tremendo Gabigol contra!!!