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Com amigos falecidos em tragédia, volante Juninho fala da necessidade de seguir em frente

Jogador do América era amigo de Mateus Caramelo e Josimar, atletas da Chape

postado em 01/12/2016 16:59 / atualizado em 01/12/2016 23:26

Carlos Cruz/América FC

O volante Juninho, do América, foi um dos jogadores que perderam amigos na queda do avião da Chapecoense nessa terça-feira, na Colômbia. Entre as 71 vítimas fatais estavam o lateral-direito Mateus Caramelo e o volante Josimar, companheiros do meio-campista nos tempos de Mogi Mirim e Ponte Preta, respectivamente.

“Joguei com dois jogadores de lá: Josimar e Mateus Caramelo. Acho que não tem nem o que falar. Eram pessoas boas, muito humildes e que ficam na nossa lembrança. Agora é orar pelos familiares, que estão sofrendo muito. A gente vê muitas homenagens, mas as mais bonitas foram as dos familiares”, afirmou o jogador, em entrevista no CT Lanna Drumond.

Nesta quinta-feira, o Coelho voltou aos treinos depois de cancelar a atividade de terça-feira e fazer apenas um trabalho físico na quarta. Além das obrigações profissionais do futebol, Juninho frisou a necessidade de valorizar a vida, as amizades e citou que, apesar de ser difícil, é preciso seguir em frente. No dia 11 de dezembro, o América visitará o Santos, na Vila Belmiro, pela 38ª rodada da Série A.

“É um momento muito triste por tudo que aconteceu. É um momento que serve gente para refletir bastante sobre a vida. Acho que nós temos que nos firmar mais em Deus. E temos que trabalhar, a vida continua. É difícil para todos e é um momento que a gente até perde um pouco a vontade de curtir as férias. Mas temos que ter força para trabalhar. Temos o jogo contra o Santos, eles estão brigando pelo segundo lugar, que dá uma premiação melhor. Vamos esperar e acatar o que vai a CBF vai definir”, disse. “Fico muito triste por essa situação, pelos atletas, jornalistas e todas as vítimas do acidente. Mas agora temos que ter força para trabalhar e hoje fizemos o primeiro treino com bola depois disso tudo”, completou.

Quem esteve no Lanna Drumond foi o pai de Juninho, Seu Adilson. Com o abalo psicológico da tragédia vivida pela Chapecoense, o meio-campista americano falou sobre a importância de ficar próximo aos familiares. “Liguei para o meu pai alguns meses atrás e pedi para ele vir ficar esse último mês com a gente. Não vivemos uma boa situação no campeonato, mas é bom ter bem próximos as pessoas que a gente ama. E com uma tragédia como essa que aconteceu a gente passa a dar valor. Temos que conviver o máximo de tempo com as pessoas que amamos”.

Juninho é um dos atletas que despertam o interesse do América para a temporada 2017. Os direitos econômicos do meio-campista pertencem ao Atlético-PR, que teria de autorizar novo empréstimo. Pelo Coelho, o camisa 5 marcou dois gols em 31 apresentações.

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