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Ainda sem vencer no Brasileirão, Givanildo critica maratona de partidas: 'É jogo em cima de jogo'

Com um ponto, Coelho ocupa 18º lugar e aposta na conversa para melhorar time

postado em 27/05/2016 16:55 / atualizado em 27/05/2016 17:15

Rodrigo Clemente/EM D.A Press
Com pouco tempo para treinar por causa das participações na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, o América vive rotina exaustiva num calendário recheado de jogos no meio e nos fins de semana, e de viagens para vários estados. Por causa do desempenho irregular de sua equipe no início do Brasileirão - 18º colocado, com apenas um ponto -, o técnico Givanildo Oliveira lamentou o curto intervalo entre uma partida e outra e disse que a "maratona" tem atrapalhado a rotina de atividades do clube, principalmente com relação aos recém-chegados: o lateral-direito Hélder, o volante Juninho, os meias Eduardo e Alan Mineiro e o atacante William Barbio.

Após três rodadas do Campeonato Brasileiro, o América encontra-se na 18º colocação com apenas um ponto. O alviverde ainda não venceu na competição. Foram duas derrotas (1 a 0 para o Fluminense e 3 a 1 contra Chapecoense) e um empate (1 a 1 diante do Vitória). Neste sábado, às 16h, no Mineirão, o Coelho tenta se recuperar diante do Cruzeiro.

"O momento em que nós estamos atravessando é de jogo em cima de jogo, sem tempo para fazer um treino adequado, principalmente para os que chegaram agora. A escalação vai depender muito da conversa antes do jogo e depois, na preleção, claro, já sabendo qual time vai começar o jogo. Nós estamos pensando no melhor time para esse jogo, já que o tempo foi muito curto do jogo passado (diante do Vitória, na última quarta-feira) para esse. Então, tem que ser por aí, na conversa", afirmou Givanildo, que usará a conversa para tentar ajustar os erros da equipe apresentados nos últimos jogos.

No treino desta sexta-feira, o treinador poupou o atacante Victor Rangel e o volante Leandro Guerreiro das atividades devido a desgaste muscular. Quem entrou em campo no Lanna Drumond participou de uma atividade recreativa. Perguntado se o cansaço poderia ser um fator a ser explorado pelo Cruzeiro, rival de sábado, Givanildo Oliveira afirmou que as condições são semelhantes, pois a Raposa também sofre com essa adversidade.

“Para essa partida eu não posso falar em desgaste, porque nós vamos jogar contra um time que também jogou e que, inclusive, está vindo de viagem. Então, também está desgastado. A gente está vendo, conversando, tirando alguns jogadores de treino, hoje mesmo o Victor e o Guerreiro ficaram de fora, para que haja uma recuperação maior”, disse.

Confira trechos da coletiva do técnico Givanildo Oliveira:


Falta de tempo

"O momento em que nós estamos atravessando é de jogo em cima de jogo, sem tempo para fazer um treino adequado, principalmente para os que chegaram agora. A escalação vai depender muito da conversa antes do jogo e depois na preleção, claro, já sabendo qual time vai começar o jogo. Nós estamos pensando no melhor time para esse jogo, já que o tempo foi muito curto do jogo passado para esse. Então, tem que ser por ai, conversa. O Eduardo faz parte disso, já está em condições, e nós estamos pensando no melhor time para esse jogo (contra o Cruzeiro), já que o tempo foi muito curto do jogo passado para esse. Então, tem que ser por ai, conversa".

Desgaste

"Para esse jogo, eu não posso falar em desgaste, porque nós vamos jogar contra um time que também jogou e que, inclusive, está vindo de viagem. Então, também está desgastado. Mas, eu estou falando porque teve Copa do Brasil no meio. Desde o primeiro jogo contra o Bahia, antes do primeiro jogo aqui (em Belo Horizonte) contra o Bahia, foram jogos seguidos. Dali para frente, o desgaste aumentou. A gente está vendo, conversando, tirando alguns jogadores de treino. Hoje mesmo o Victor e o Guerreiro ficaram de fora, para que haja uma recuperação maior".

Cruzeiro

"Da goleada (sofrida pelo Cruzeiro, por 4 a 1, diante do Santa Cruz) não vamos tirar proveito, do desgaste também não, porque nós estamos com desgaste também. A goleada… Isso acontece no futebol. De repente há um desencontro e acaba acontecendo. Mas, acho que em momento algum você pode ir para um jogo contra o Cruzeiro e dizer que vai tirar proveito disso e daquilo. A gente tem que tirar proveito do nosso momento no jogo, e de algumas falhas deles, que é normal. Eu estou sempre falando e lembrando: quem erra menos no jogo termina como vencedor".

Jogar no Mineirão

"Esse negócio de campo, a diferença é quando você joga no Independência e vai depois para o interior jogar em um campo cheio de buracos, menor, aí faz diferença. Jogar no Independência e no Mineirão, questão de gramado, não vejo diferença nenhuma. Então, acho que é um jogo complicado, difícil, porque o Cruzeiro, assim como nós, está querendo sair dessa situação. Então, o jogo se torna mais difícil ainda".

Desempenho no Campeonato Brasileiro

"Poderia (estar em uma situação melhor) eu diria que no primeiro jogo (derrota para o Fluminense, por 1 a 0) poderíamos ter saído com o empate, pelo segundo tempo que nós fizemos. Depois, em Chapecó (derrota por 3 a 1, diante da Chapecoense), fizemos um primeiro tempo equilibrado, aí no segundo tempo levamos o gol com um minuto de jogo e desandou tudo. Nesse terceiro jogo (empate em 1 a 1 com o Vitória) merecíamos a vitória, porque quando estava 1 a 0, nós tivemos três lances e perdemos as oportunidades".

Esquema com três zagueiros

"Às vezes, há uma definição, como foi no ano passado. Começamos a jogar com três zagueiros contra o Sampaio Corrêa, e dali foi até o final. Esse ano, nós mudamos. Contra a Chapecoense jogamos com três zagueiros e tomamos três gols. Na Série A são vários jogos com várias situações. Na Série B fomos bem assim. Então, depende do momento, dos jogadores e do adversário também".

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