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Diretor do Atlético dispara contra não utilização do VAR e detona assistente: 'Está ali para quê?'

Rui Costa se mostrou indignado com erros no clássico contra o Cruzeiro

postado em 14/04/2019 19:50 / atualizado em 14/04/2019 22:58

<i>(Foto: Divulgação/Atlético)</i>

Os erros da arbitragem no clássico deste domingo, no Mineirão, irritaram a cúpula alvinegra. O novo diretor de futebol do Atlético, Rui Costa, mostrou-se indignado após a derrota da equipe para o Cruzeiro por 2 a 1, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro. O time atleticano reclama muito de dois lances cruciais para o resultado da partida: um pênalti não marcado em Igor Rabello, no primeiro tempo, e um escanteio inexistente que originou o segundo gol do rival.

No último lance do primeiro tempo, quando o Cruzeiro vencia por 1 a 0, o Atlético teve falta lateral perto da área. No cruzamento, o zagueiro Dedé segurou e derrubou Igor Rabello, mas o lance não foi analisado pelo VAR. O árbitro encerrou a primeira etapa. Já no segundo tempo, quando o clássico estava empatado, Marquinhos Gabriel disputou bola com Adilson, a bola bateu no cruzeirense por último e saiu perto linha de fundo. Em frente ao lance, o assistente Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa assinalou equivocadamente escanteio. Na cobrança, a equipe celeste voltou à frente no placar com gol de Leo.

Rui Costa explicou a palestra recebida pelos atleticanos antes do jogo e disparou contra a falta de critério para a utilização do VAR na partida.

 “Tivemos uma palestra do quarto árbitro e do auxiliar antes do jogo. Temos cada vez mais árbitros, mas parece que há uma miopia às vezes. Ele chamou a mim, o capitão da equipe e o supervisor. Ele disse: ‘Peço a vocês sensibilidade e paciência, porque vamos checar todos os lances. E isso demora, pode demorar um tempo de três a quatro minutos. Estamos aprimorando o VAR. Com o tempo, vamos ter um período melhor de verificação’. Todos nós fomos proativos na questão. Pediu para não reclamar, não pressionar o árbitro. É uma blindagem absoluta para a equipe de arbitragem e estamos confiando que isso vai resolver”, disse.

Rui seguiu sua análise crítica em relação á equipe de arbitragem. “Na semifinal tivemos três vezes o uso do VAR no jogo do Atlético e teve 100% de acerto. Na final, o jogo mais importante, tivemos uma pane no VAR. Num lance capital, o Igor Rabello foi puxado pela camisa. Não tem interpretação. Ele sofreu um golpe, caiu e chamou a atenção do árbitro imediatamente. E tudo aquilo que ouvimos, que poderia haver uma checagem de quatro minutos, não aconteceu. Não teve dez segundos, porque ele termina o primeiro tempo”, completou.

No lance do segundo gol celeste, o alvo de Rui Costa foi o assistente Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa. “Não bastasse isso, tivemos o segundo gol do adversário. Aí não é o VAR, é incompetência do bandeira. Não há escanteio. Ele está ali para quê? Não há escanteio. Está na frente dele. É impossível que ele não tenha visto que não foi escanteio. O escanteio gera o segundo gol do adversário. Aliás, o bandeira foi muito hábil em observar alguma coisa que o Adilson fez, que a gente não sabe o que ele fez, para haver um equilíbrio. Se expulsa o adversário, expulsa o do Atlético? Gostaria de saber o que o Adilson fez para ser expulso”, indagou.

Veja a declaração completa de Rui Costa

“Estou aqui circunstancialmente, de forma excepcional, porque infelizmente não podemos falar só em futebol. Temos que falar do grande prejuízo que sofremos em vários equívocos em momentos decisivo da partida e nos leva a fazer essa manifestação de forma equilibrada. Vamos deixar claro ao nosso torcedor que não vamos admitir esse tipo de erro, que não vai apagar a partida que o Atlético fez. 

Tivemos uma palestra do quarto árbitro e do auxiliar antes do jogo. Temos cada vez mais árbitros, mas parece que há uma miopia às vezes. Ele chamou a mim, o capitão da equipe e o supervisor. Ele disse: ‘Peço a vocês sensibilidade e paciência, porque vamos checar todos os lances. E isso demora, pode demorar um tempo de três a quatro minutos. Estamos aprimorando o VAR. Com o tempo, vamos ter um período melhor de verificação’. Todos nós fomos proativos na questão. Pediu para não reclamar, não pressionar o árbitro. É uma blindagem absoluta para a equipe de arbitragem e estamos confiando que isso vai resolver.

Na semifinal tivemos três vezes o uso do VAR no jogo do Atlético e teve 100% de acerto. Na final, o jogo mais importante, tivemos uma pane no VAR. Num lance capital, o Igor Rabello foi puxado pela camisa. Não tem interpretação. Ele sofreu um golpe, caiu e chamou a atenção do árbitro imediatamente. E tudo aquilo que ouvimos, que poderia haver uma checagem de quatro minutos, não aconteceu. Não teve dez segundos, porque ele termina o primeiro tempo.

Gostaria de saber por que o VAR não foi aplicado. Será por que favorecia ao Atlético? Não bastasse isso, tivemos o segundo gol do adversário. Aí não é o VAR, é incompetência do bandeira. Não há escanteio. Ele está ali para quê? Não há escanteio. Está na frente dele. É impossível que ele não tenha visto que não foi escanteio. O escanteio gera o segundo gol do adversário.

Aliás, o bandeira foi muito hábil em observar alguma coisa que o Adilson fez, que a gente não sabe o que ele fez, para haver um equilíbrio. Se expulsa o adversário, expulsa o do Atlético? Gostaria de saber o que o Adilson fez para ser expulso.  

Não é choro de perdedor. Jogamos uma grande partida. Não vou falar de questão técnica, nosso treinador falar disso. Estou me posicionando em nome do clube, da diretoria, do grupo. Os jogadores estão todos indignados. É muito difícil passar por uma semana como passamos. É muito difícil enfrentar as desconfianças que foram colocadas. Chegar neste estádio, com a torcida contra, fazer uma partida de altíssimo nível e ter chance de sair daqui com o resultado muito melhor. 

Ousaria dizer que se tem o pênalti, a partida seria completamente diferente. Só estou aqui para falar sobre o VAR, que foi tão bem aplicado na semifinal, que teve pane hoje. Hoje o VAR não funcionou. Não há como interpretar outra coisa. A bola vinha na direção do Igor. Não pode falar que o bandeira não viu, o árbitro não viu. Qual a função do VAR? O VAR tem que suprir o lapso visual, o erro, o equívoco. Não houve isso hoje. Certamente, estou convicto disso, sei da boa fé do VAR, sei da boa fé da arbitragem. Tenho certeza que o VAR vai ser aplicado, independentemente da equipe que seja favorecida, no próximo jogo, que teremos o apoio da nossa torcida e vamos conquistar o título do campeonato”.

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