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Com time em boa fase, Rodrigo Santana completa quatro meses como treinador do Atlético

Campanha da equipe mostra que a diretoria alvinegra acertou ao escolhê-lo para o cargo após a saída de Levir Culpi

postado em 12/08/2019 07:00

<i>(Foto: Bruno Cantini/Atlético)</i>

Existe aquela máxima no futebol de que tempo é fundamental para que uma filosofia de jogo seja consolidada em qualquer clube. No Atlético, o técnico Rodrigo Santana é prova disso, e vê seu trabalho ganhar consistência a cada jogo – hoje, ele completa quatro meses no comando do alvinegro. Desde a intertemporada na Cidade do Galo, no mês passado, quando teve um bom período para treinar as carências do grupo e conhecer a fundo as características dos atletas, a equipe tem subido de rendimento e atingido os objetivos traçados pela diretoria: além de estar viva na Copa Sul-Americana, se mantém entre os primeiros colocados no Campeonato Brasileiro.

A sequência de jogos pós-Copa América (74% de aproveitamento em nove partidas) mostra a evolução do Atlético com o treinador. Depois da goleada sofrida para o Cruzeiro por 3 a 0, no Mineirão, pela Copa do Brasil, o alvinegro não perdeu mais: foram seis triunfos e dois empates. O time passou quatro jogos sem levar gol e completou, na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, no Horto, seis partidas sem ser derrotado no Brasileiro, o que o fez aproximar do líder Santos – são apenas cinco pontos de diferença.

Outro mérito de Rodrigo Santana foi recuperar atletas que pecavam pela irregularidade. O principal deles, o volante Jair, hoje considerado peça fundamental para o equilíbrio tático da equipe. O armador Vinícius também conquistou seu espaço com a sequência de boas atuações e gols no Brasileiro e na Sul-Americana. E o jovem goleiro Cleiton, de 21 anos, vem sendo elogiado por dar conta do recado ao substituir o ídolo Victor. Quem também cresceu foi o lateral-direito Patric, que venceu de vez a concorrência com Guga e tem sido importante nas jogadas ofensivas.

O treinador diz que o grupo tirou lições da goleada para o Cruzeiro, determinante para a queda na Copa do Brasil: “É evidente que tenho uma comissão competente, que me ajuda bastante. O Lucas, o Éder, o Adilson, todos os preparadores, o setor de análise... Nosso maior desafio é que os jogadores entendam as informações que passamos no treino. E eles estão tendo grande leitura de jogo, o que facilita muito. São jogadores experientes e vencedores. Tivemos uma derrota depois da parada para a Copa América. Trabalhamos muito nesse período. Às vezes, precisamos perder para sentir na pele a dor de quanto é ruim sofrer e, assim, amadurecer nas competições, tendo equilíbrio maior nos jogos”.

Os bons resultados fazem o time até vislumbrar a possibilidade de disputa do título brasileiro, ainda que a competição não esteja nem na metade ainda – o próximo compromisso será dos mais complicados neste turno, contra o Athletico, sábado, às 19h, na Arena da Baixada. “A gente acredita, mas é bom que os holofotes estejam nos adversários. Há muita competição pela frente. São muitos jogos. Comer pelas beiradas é muito melhor", destaca o treinador.

PÓS-COPA AMÉRICA

9 jogos
6 vitórias
2 empates
1 derrota
13 gols marcados
7 sofridos
74% de aproveitamento

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