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Adilson e Atlético não chegam a acordo em audiência; jurídico do Galo estuda possibilidade de acerto

Vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, disse que 'o caso está com o jurídico para estudar se há possibilidade ou não de um acordo'

postado em 17/02/2020 11:16 / atualizado em 17/02/2020 11:43

(Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O ex-volante Adilson e o Atlético não chegaram a um acordo em audiência ocorrida nesta segunda-feira, na 5ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. Um novo encontro foi marcado para julho. Em contato com o Superesportes, o vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, disse que “o caso está com o jurídico para estudar se há possibilidade ou não de um acordo”.

Adilson acionou a Justiça e cobra do Atlético R$ 11.648.906,64 referentes a salários, férias, 13º e FGTS atrasados. O montante inclui o que profissional teria a receber até dezembro de 2020, lucros cessantes, danos morais e verbas indenizatórias sobre o direito de imagem. Na ação, ele também culpa o clube pelo agravamento do seu quadro de saúde.

“É  incontroverso  que  a  doença  que  acometeu  o  Reclamante  foi  agravada  pelo Reclamado que, ou sabia da doença e silenciou acarretando seu agravamento, ou então diagnosticou a  enfermidade  de  forma  tardia,  agravando  ainda  mais  a  situação  do  Reclamante,  não  restando dúvidas, portanto, quanto ao nexo causal”, diz a ação.

Depois de se retirar dos gramados, Adilson virou auxiliar técnico do Galo. Neste ano, ele foi demitido. De acordo com a ação, o ex-jogador "de forma vexatória e humilhante foi informado que não deveria mais comparecer ao clube porque não fazia parte dos planos da nova comissão técnica contratada".

Adilson acionou o Atlético judicialmente no dia 27 de janeiro.

Trajetória e saída


Adilson chegou ao Atlético em 2017. Como jogador, o ex-volante foi campeão mineiro naquele ano. Em 2018, tornou-se peça importante da equipe então comandada por Thiago Larghi, ao formar dupla no meio-campo com Gustavo Blanco.
 
Após sofrer com lesões e problemas médicos, Adilson comunicou a aposentadoria precoce da carreira de jogador, em emocionada entrevista coletiva em 12 de julho de 2019, por conta de uma cardiomiopatia hipertrófica. À época, o Atlético ofereceu ao ex-volante - que tinha contrato válido até 2021 - o cargo de auxiliar técnico.
 
Na ocasião, Rui Costa explicou a decisão do clube de transformar Adilson em auxiliar. "A questão contratual do Adilson é secundária. A determinação do presidente Sérgio Sette Câmara é que o cuidado seja o lado pessoal. Não nos preocupa valores. Ele vai estar conosco por opção dele e por pedido nosso. Vai experimentar experiências que possam deixar ele aqui conosco. Se ele vai querer ficar na comissão técnica ou outra coisa. Não abrimos mão do Adilson aqui. Ele vai ter seus direitos garantidos. Não nos interessa centavos, seguro. Queremos ele aqui conosco. Não interessa contrato, prazo", disse.
 
No entanto, ele não ficou muito tempo no cargo de auxiliar. Segundo a assessoria de comunicação do Atlético, Adilson "foi avisado, por meio de seu empresário, para não se apresentar no dia 8, junto com o elenco do Atlético, enquanto sua situação não for definida pela diretoria".
 
A mudança na comissão técnica se deveu à chegada de homens de confiança do novo técnico Rafael Dudamel ao Atlético. O venezuelano de 46 anos leva ao clube quatro profissionais, entre eles o auxiliar Marcos Mathías.

O vínculo de Adilson com o Atlético se encerra no fim de 2020.

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