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Seduzido por mercado asiático, analista de desempenho Ari Júnior troca América pelo Japão

Profissional trabalhará no Kashiwa Reysol com uma comissão técnica brasileira

postado em 20/01/2016 19:47

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

O futebol vai muito além do que se vê dentro de campo. Os bastidores são fundamentais para que uma equipe entre fortalecida durante a temporada. E uma pessoa que fazia parte do funcionamento da 'máquina' chamada América deixa o clube a partir desta quarta-feira. Analista de desempenho do Coelho, Ari Júnior não trabalhará mais no clube. Ele assina um contrato de um ano com o Kashiwa Reysol, do Japão.

Ari Júnior tinha várias funções no trabalho em conjunto com a comissão técnica do América. Muito próximo do técnico Givanildo Oliveira e do auxiliar Cláudio Prates, o analista filmava as partidas para uma análise mais profunda.

Outra importante atividade feita por Ari era a análise do mercado para contratações. Ele fazia parte do grupo de trabalho citado em diversas entrevistas pelo membro do conselho de administração Alencar da Silveira Júnior. O analista fazia scouts de vários atletas e trabalhava na captação de reforços para o clube.

Ari Júnior deu um depoimento para falar de sua saída para o futebol japonês. “Recebi uma proposta do Japão, com uma comissão técnica toda brasileira que está indo para o Kashiwa Reysol. Hoje, vim somente fazer uma apresentação para o novo profissional que estará no departamento, que vai dar sequência à ideologia implantada e que vendo sendo desenvolvida ao longo dos anos no América. O substituto, o profissional que vem para me substituir é um cara que já trabalhamos juntos, tem um perfil que o professor também conhece. Já trabalhou com ele. Estávamos, recentemente, juntos em um curso. É um profissional com um ótimo gabarito. Se Deus quiser, vai dar o andamento no departamento com a devida importância. Quanto à proposta, os japoneses são meio rápido. Na madrugada do dia 17, o Milton Mendes, que é o chefe da coordenação, o treinador do Kashiwa Reysol me ligaram pessoalmente, propuseram a situação de um ano de contrato, no Japão, com a comissão dele. É um pouco complicado, com a condição de hoje em dia, com o dólar. A gente tem que ir e tentar deixar o máximo de legado possível no América, que é o mais importante. Até pelo respeito e visibilidade, até o carinho que tenho. Quando cheguei, ouvi dizer que o América é para poucos. Quero deixar aqui um torcedor e as portas abertas para um dia poder voltar com mais experiência, com mais conhecimento do mercado e poder ajudar o América o máximo possível”, disse.

Ari Júnior explicou a função dele na análise do mercado de contratações. “Na verdade, o departamento funciona como análise mercadológica de todo o atleta. A gente tenta monitorar e municiar de informação tudo o que o professor e a diretoria precisam do que é modelo de jogo definido. O América já vem com uma plataforma definida, um modelo definido. Isso facilita muito na captação de atletas que podem vir a desempenhar um bom papel no América. Temos nossas limitações financeiras. Todo mundo sabe disso. Para isso, a gente tenta sair mais rápido para não ter concorrência. Tentei fazer isso, auxiliei, em termos de informação, como eu pude. Tivemos um final de ano movimentado e uma sintonia muito boa com a diretoria para poder conseguir reforçar e trazer atletas que possam nos ajudar durante o ano”, completou.

O analista de desempenho comentou a mudança radical que terá em sua vida. A organização dos japoneses e o desejo deles em contar com seu trabalho foram fundamentais para que ele aceitasse a proposta para viver uma nova experiência.

“O cultural é um das partes que chamam a atenção, pela organização que eles têm, a gestão. A cultura japonesa. Espero muito poder agregar conhecimento, principalmente por esse lado. Acredito também que, em termos de evolução tática e técnica não seja tudo isso. Até por isso levam os brasileiros para lá. Mas a gente tem que usufruir do que o mercado pode nos dar em termos de conhecimento. É uma experiência que a gente pode tentar trazer em termos de tecnologia, de organização, do oriente, que acho que é interessante para a gente tentar evoluir”, concluiu.

De acordo com a assessoria de comunicação do América, o substituto de Ari Júnior ainda não foi contratado pelo clube.

Tags: américa Ari Júnior Analista de desempenho