
Gilson tem contrato com a Ponte Preta até o fim do Campeonato Paulista de 2017. Neste ano, o jogador fez apenas seis jogos pela Macaca (cinco no Estadual e um na Copa do Brasil). Na Série A, ficou no banco de reservas em três de quatro partidas. O problema é que a Ponte tem no ex-camisa 6 do Coelho a única opção caso o titular Reinaldo sofra algum contratempo. E, diante da escassez de atletas qualificados na posição, teme não encontrar um substituto à altura.
O jogador, por sua vez, nunca escondeu seu carinho pelo América, onde viveu a melhor fase da carreira. Em duas passagens – 2011 e 2014 –, Gilson disputou 74 jogos, fez nove gols e deu 11 assistências. Há quase dois anos, sob o comando de Givanildo Oliveira, foi adiantado para a função de meia esquerda e desempenhou ótimo papel na Série B de 2014. Com o terceiro melhor aproveitamento da competição, o alviverde só não subiu à elite nacional porque perdeu seis pontos pela escalação irregular de Eduardo, também lateral-esquerdo, na vitória por 1 a 0 sobre o ABC, pela 14ª rodada da competição. O quinto lugar na tabela, com 61 pontos, frustrou a ótima campanha de 20 vitórias, sete empates e 11 derrotas.
Quando o América esteve em Campinas para enfrentar o Red Bull Brasil, pela primeira fase da Copa do Brasil, Gilson visitou a concentração e reencontrou amigos. Já na rede social Instagram, no dia do aniversário de 102 anos do América – 30 de abril –, publicou mensagem de felicitação ao clube.
Nesse sábado, antes do jogo contra o Cruzeiro, no Mineirão, o presidente Francisco Santiago foi perguntado pela reportagem se o América já tinha chegado a um entendimento com a Ponte Preta para a liberação de Gilson. A resposta foi enfática e em tom misterioso: “Ainda não”.
O Superesportes apurou que a multa rescisória de Gilson é de US$ 1 milhão (R$ 3,61 milhões na cotação atual), valor que dificilmente algum clube brasileiro pagará por um jogador de 30 anos. Contudo, uma reunião entre o jogador, a Ponte Preta e o América pode mudar o cenário. Pelo sim ou pelo não, esta semana será decisiva para o desfecho da negociação.