“O senhor Bruno publica que o América teria manifestado apoio a essa proposta [de ampliação do Independência]. Estou aqui para reafirmar: em momento algum, ninguém do América manifestou qualquer apoio a esta proposta, até porque nós não recebemos proposta alguma da LuArenas. Já tomei as providências legais cabíveis contra o senhor Bruno por difamação e por colocar a minha idoneidade, o meu caráter, a minha reputação em cheque perante a sociedade”, diz Marco Antônio Batista.
O dirigente revelou detalhes da reunião com a LuArenas. No vídeo, Marco Antônio afirma que participaram do encontro José Ulisses Vaz de Melo, Paulo Assis e dois advogados do América. A LuArenas foi representada por Bruno Balsimelli e dois assessores.
“A LuArenas afirmou o desejo de apresentar ao América uma proposta de ampliação do estádio, que eles chamaram de plano de revigoramento. Deixamos bem claro que toda e qualquer proposta de intervenção tem que ser levada às instâncias estatutárias do clube e que isso tem um trâmite e que esse trâmite tem que ser rigorosamente obedecido. Dois dias depois, fomos surpreendidos com o início de intervenções no Independência”, diz Marco Antônio.
Na semana passada, em entrevista ao Superesportes, o diretor executivo da LuArenas, Bruno Balsimelli, chegou a declarar que tinha autorização da cúpula americana para tocar as obras de ampliação.
As obras fariam com que a capacidade de público do Independência passasse de 23 mil para 30 mil torcedores. A LuArenas tem pretensão de criar 5 mil novos lugares perto do vestiário. Já no setor Minas (atrás do gol oposto), intervenções fariam a capacidade saltar de 3.772 lugares para 6 mil assentos
Conforme registrou a reportagem, a LuArenas já iniciou o processo de montagem de arquibancadas.
Processo
Nesta terça-feira, o América acionou a Justiça, por meio da 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, na tentativa de paralisar a montagem da arquibancada móvel.
O clube considera a “obra clandestina” e, inicialmente, entrou com pedido de antecipação de tutela para brecar a instalação das estruturas metálicas e preservar a identidade visual do América naquela região. A juíza que analisa o caso deu 72 horas à operadora do estádio para apresentar licenças da Prefeitura de Belo Horizonte e laudos de segurança dos Bombeiros. Até sexta-feira, o América espera ter uma decisão favorável. Clique aqui para entender o caso.