Após perder jogadores por lesão, Enderson vê possibilidade de rodízio no América

O departamento médico do América está movimentado nas últimas semanas. Isso porque cinco jogadores deram entrada, sobretudo, com lesões musculares. A última baixa do técnico Enderson Moreira foi o meia Ruy, que sofreu um estiramento leve na coxa direita e não tem prazo para retornar ao time. Assim, o treinador do Coelho tenta criar soluções para inibir a perda de peças.

Uma das idéias de Enderson, bastante comum no futebol brasileiro, é adotar o famoso rodízio. Assim, o treinador deve poupar, pelo menos, um jogador por partida, para que o mesmo se recupere no confronto seguinte. Ao mesmo tempo, atletas que são pouco utilizados podem ganhar espaço no elenco alviverde. “Nossa preocupação é não perder jogadores. Nessa sequência, às vezes você tem que tirar um atleta para descansar e recuperar visando o jogo seguinte. Então tomaremos essa decisão, amparada em um peso técnico”, declarou Moreira.

Além de Ruy, Enderson perdeu mais dois jogadores por lesão muscular: os volante Gustavo Blanco e Juninho. O primeiro, que sofreu um estiramento no adutor direito, já está em transição do departamento médico para o gramado e deverá voltar a treinar com o grupo nos próximos dias. Já o segundo ainda deve demorar, aproximadamente, dois meses para voltar a jogar. Isso porque o atleta teve uma lesão grau três, também no adutor da coxa direita.

“É o que eu falo: o jogador faz uma partida, desgasta um pouco, e então faz o segundo, não consegue se recuperar para o terceiro, mas mesmo assim joga. Aí o organismo emite um alerta e a sequência acaba ficando pesada para um atleta profissional”, ressaltou o treinador.

O lateral-esquerdo Giovanni, que se recupera de fratura em um dos dedos do pé direito, e o atacante Marion, também se encontram no departamento médico do América.

Muita criação e poucos gols chamam a atenção no Coelho

Entre a eliminação no Campeonato Mineiro e a Série B do Campeonato Brasileiro, Enderson Moreira ganhou oito reforços. Porém, a grande maioria deles chegaram já com a competição nacional em andamento. É uma das explicações para o treinador do Coelho justificar o contraste entre o grande volume de jogo que sua equipe apresenta durante as partidas, com o baixo número de gols marcados – cinco, até o momento.

“Nós tivemos a chegada de oito atletas e eles ainda estão no momento de ‘conhecimento’. Queria que tivessem chegado logo após o Campeonato Mineiro, para a gente ter um tempo bom de preparação, mas isso são movimentos do mercado, que requer tempo. Tem jogadores que não estrearam ainda, como o Lima (zagueiro) e o Giovanni (lateral-esquerdo), que vão contribuir muito com a equipe. Já os que entraram ainda estão em momento de encaixe, da gente poder conhecer o atleta, saber onde ele pode render mais. Com o passar do tempo, podemos melhorar nessa questão”, garantiu o técnico.

Em momentos distintos na Série B do Campeonato Brasileiro, América e Internacional se enfrentam nesta terça-feira, às 21h30, no Independência, pela 7ª rodada da competição. Enquanto o Coelho está em fase instável, o Colorado entrará em campo para manter a invencibilidade de três partidas.

*Sob supervisão de Daniel Seabra