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Em véspera de eleição, candidatos à presidência do Conselho Deliberativo detalham projetos e analisam o América

Euler de Almeida e Paulo Lasmar disputam o pleito nesta quarta-feira

postado em 30/01/2018 06:30 / atualizado em 29/01/2018 20:24

Marcos Vieira/EM/D. A Press; Eugenio Gurgel/Esp EM/D. A Press
O sucesso e as conquistas em campo são, grande parte das vezes, resultado de boas administrações nos clubes de futebol. No último triênio, o América voltou a ser campeão mineiro depois de 16 anos, conquistou duas vezes (2015 e 2017) o acesso à primeira divisão brasileira, e ainda faturou o título da Série B do Campeonato Brasileiro na temporada passada. Nesta quarta-feira será realizada a eleição do Conselho Deliberativo, casa que não tem papel executivo e sim de fiscalizar as contas e fazer cumprir o estatuto. Ao Superesportes, os dois candidatos à presidência destacaram os principais pontos das campanhas.

Os dois candidatos à presidência do Conselho Deliberativo são ex-integrantes do Conselho de Administração do América (triênio 2015-2017). Paulo Ramiz Lasmar e o vice Alencar da Silveira Jr compõem a chapa 'América Série A'. Por outro lado, Euler de Almeida Araújo e seu vice Márcio Vidal Gomes da Gama concorrem aos cargos pela chapa 'América forte – Conselho participativo'.

A votação será das 16h às 20h desta quarta-feira, na Sede Social do América, no Boulevard Shopping, no Bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Respondendo a quatro questões propostas pela reportagem, ambos os candidatos seguiram a linha de apoio ao atual Conselho de Administração do América, à manutenção da estrutura e à busca por crescimento patrimonial e no cenário do futebol brasileiro. Abaixo, o torcedor pode conferir o que pensam Paulo Lasmar e Euler de Almeida sobre a função do Conselho Deliberativo para o próximo triênio, o estatuto do clube e as propostas para o futuro do Coelho.

PAULO LASMAR

Como você vê a ação do Conselho Deliberativo atualmente, em especial no último triênio?
Os resultados colhidos pelo América nesses últimos anos mostram que os seus organismos internos, dentre eles o próprio Conselho Deliberativo, estão funcionando bem. Se modernizando e se adequando a uma nova realidade, de um clube bem organizado. O América teve, nos últimos 14 anos, uma evolução que só agora as pessoas estão percebendo. Há 14, 15 anos, o América era um clube praticamente falido. Graças ao trabalho de todos esse que participaram do Conselho de Administração, Deliberativo, Fiscal, o América está chegando nesse patamar. Com equilíbrio, com estrutura e patrimônio consolidado. Se aperfeiçoando dentro de campo, investindo. Na minha visão não há nenhum tipo de crítica, pelo contrário, dentro do orçamento do clube, o América fez muito e vai continuar fazendo.

Qual deve ser a função e o objetivo mais importantes do Conselho neste triênio?
Dar cumprimento ao estatuto, apoiar o Conselho de Administração, em todas as ações em prol da agremiação.

Você está satisfeito com o estatuto do América? Acha que pode se alterar algo?
O estatuto do América sofreu uma alteração já no final do ano passado. Eu, a princípio, não vejo nenhuma alteração necessária aos objetivos mais próximos do América. O que temos que fazer agora é ver se as alterações vão ter os resultados esperados. Se, no futuro, as alterações se mostrarem ineficazes, vamos convocar o Conselho novamente, fazer estudos e ver se haverá necessidade ou não de se fazer uma nova alteração. Não se pode mudar muito o estatuto, até para o próprio funcionamento do clube. Pode trazer uma insegurança muito grande.

Qual a proposta da chapa e por que os conselheiros deveriam escolhê-la?

Você pode renovar o rol de conselheiros, mas em outros processos. Deve haver uma mescla geral de veteranos, experientes e novatos. Para sentar na cadeira de presidente e vice-presidente do Conselho Deliberativo, no nosso entendimento, tem que ser aqueles que têm uma vasta experiência na gestão do clube. Tem que ser uma pessoa que conhece profundamente os problemas e as virtudes do clube, como ele funciona, as pessoas que integram todo o processo, e, somente assim, um presidente é capaz de exercer bem aquele mandato. Não se deve fazer renovação na cadeira da presidência do Conselho. A presidência se pressupõe uma pessoa experiente. Eu estou na gestão do América desde 1986, fui diretor do clube social do América com 23 anos. Estou dentro da gestão desde os 15 anos. Participei de todo esses processos de reconstrução do América. De um clube quase falido para um com um grande patrimônio, equilibrado. Quando você está organizado e estruturado, os resultados começam a aparecer.

EULER ARAÚJO

Como você vê a ação do Conselho Deliberativo atualmente, em especial no último triênio?
O Conselho Deliberativo teve uma participação um pouco maior do que em anos anteriores. Mas, na nossa proposta, ainda achamos que a participação é muito tímida. O que nós propomos é uma participação muito mais efetiva, maior participação do Conselho Deliberativo na vida do América. É a presença do conselheiro e participação dele na vida do América.

Qual deve ser a função e o objetivo mais importantes do Conselho neste triênio?
De dois dos objetivos mais importantes, o primeiro deles é o que cabe no estatuto. Quais são as suas competências e responsabilidades colocadas pelo estatuto. É o número 1 de qualquer Conselho Deliberativo. O segundo, que passa também pelo Conselho de Administração, pois nossa chapa apoia integralmente o conselho administrativo atual, é contribuir com os projetos do América para o próximo triênio. Três em destaques: o profissionalismo, um trabalho que foi feito de planejamento estratégico e que busca equilíbrio financeiro e melhoria de sua estrutura física e patrimonial. Também temos as categorias de base e o grande projeto do clube, que é o Planeta América. O que vamos propor ao conselho administrativo é que a gente participe com subgrupos para a implantação desses projetos.

Você está satisfeito com o estatuto do América? Acha que pode se alterar algo?
Nessa última alteração estatutária, na qual o Márcio Vidal esteve à frente dos trabalhos, nós tivemos uma evolução muito grande em modernização. Deu a possibilidade, por exemplo, de o América atrair investidores. Foi o grande salto, dentre outras coisas que foram feitas. O estatuto é sempre dinâmico, sempre tem alguma coisa que pode mudar. Mas eu diria que o passo que demos nessa última alteração foi muito grande. Melhorias eventuais são sempre importantes e vão sempre acontecer.

Qual a proposta da chapa e por que os conselheiros deveriam escolhê-la?
O próprio nome da chapa resume muito bem o que propomos: 'América forte – Conselho participativo'. A nossa proposta é criar condições de ajudar o Conselho Administrativo a ter essas condições para que o América mude de patamar. O América hoje é grande. Temos uma estrutura invejável, uma situação financeiro, que se não é confortável, é extremamente estável. Buscamos um América cada vez maior, forte e sustentável. Essa chapa propõe ajudar o Conselho Administrativo nesse construção desse América no próximo triênio. Com participação. O Conselho Deliberativo tem que, efetivamente, participar ativamente desse projeto.

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