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Jogo equilibrado, falhas e rival efetivo: Enderson analisa América no clássico e projeta 'casco mais duro' no Brasileiro

Treinador espera que, ao fim do ano, o Coelho ainda colha frutos do trabalho

postado em 25/03/2018 18:30 / atualizado em 25/03/2018 20:04

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
O América não conseguiu reverter o resultado do primeiro duelo da semifinal do Campeonato Mineiro e, com nova derrota para o Atlético, desta vez por 2 a 0, está eliminado. Sem as polêmicas sobre decisões da 'arbitragem mineira', ao Coelho só resta analisar o que aconteceu técnica e taticamente. Para Enderson Moreira, a equipe alviverde conseguiu equilibrar o confronto, mas pecou em alguns momentos defensivos. No entanto, ainda segundo o treinador, o clube deverá seguir mais forte na temporada após a queda.



Enderson argumentou que o América teve tantas chances e posse de bola quanto o rival. Ao fim da partida, o Atlético ficou com a pelota em 55% do tempo, contra 45% do Coelho. No total, foram 15 finalizações alviverdes (duas certas e 13 erradas) e 14 alvinegras (cinco no alvo e nove equivocadas).

“Fizemos um jogo difícil, na minha concepção, de possibilidades para as duas equipes. Não houve supremacia. Se você pegar as oportunidades dos dois, talvez estejamos muito próximo. Eles foram mais efetivos. Tivemos algumas falhas, principalmente no momento dos gols, e não conseguimos fazer o resultado possível. Foi um jogo bem disputado. Como eles fizeram o resultado, também poderíamos ter feito”, analisou.

As polêmicas sobre decisões da arbitragem ficaram para trás na visão de jogo do treinador. Se com trio mineiro o América reclamou e questionou a competição, com a escolha de uma árbitro de fora do estado o Coelho reencontrou o equilíbrio, mesmo que tenha saído derrotado mais uma vez.

“Apitou do jeito que tem que arbitrar. Com poucos minutos, vi ele dando cartão amarelo para jogadores do Atlético e se fosse daqui eu duvido que isso aconteceria. Isso faz parte. O jogo não é só nos grandes erros. Nossa avaliação da arbitragem não são só dos grandes lances duvidosos. Quem trabalha com isso visualiza muitas outras questões. O Atlético foi merecedor da classificação, foi mais efetivo. Fizemos um confronto à altura. Enfrentamos a equipe deles de igual para igual. Sem jogar do meio campo para trás, sem ser reativo. Tivemos posse de bola, vários momentos de controle do jogo, em que jogamos em cima deles. Não dá para lamentar, é o jogo, eles foram mais eficazes. Vamos continuar o nosso trabalho”, comentou Enderson.

Com a eliminação no Mineiro, o América volta suas atenções para o maior objetivo do clube na temporada. O Coelho tentará se manter na primeira divisão nacional – a estreia está marcada para 15 de abril, contra o Sport. Para Enderson, a equipe ainda precisa de reforços, mas o revés no Estadual deixa o grupo mais 'cascudo' para a disputa da Série a do Campeonato Brasileiro.

“Qual equipe do Brasil não precisa de reforços? O Palmeiras, se tiver oportunidade, ele vai atrás de algum atleta. Qualquer equipe no Brasil tem que estar aberta a receber bons jogadores. Que possam qualificar ainda mais a equipe. Sabemos disso, estamos preparados, atentos ao mercado. Tem uma ou outra função que não temos nem número para o Brasileiro. Temos só quatro zagueiros e precisamos de cinco, no mínimo. A competição é longa e precisamos. Isso vai acontecer de forma muito tranquila, sem desespero. Se tivesse ganho aqui, estariam dizendo que o América é candidato a ir para a Libertadores. Não é assim. O futebol que concebemos é crítico, com movimentos cirúrgicos para não desmontar tudo o que foi construído. São tijolos que servem como alicerce. Uma coisa eu te garanto, nossa equipe terá um casco muito mais duro, estará mais preparada para a sequência do ano, passando por essas dificuldades agora. Melhor do que já na competição (Série A)”, afirmou.

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