América
None

AMÉRICA

'Salvações' com Grêmio, Paysandu e Figueirense fazem Adilson confiar em permanência do América na Série A

Técnico conseguiu evitar três rebaixamentos no início de carreira e só caiu com o Vasco, em 2013

postado em 05/11/2018 18:25 / atualizado em 05/11/2018 19:32

Edesio Ferreira/EM/D.A Press
As lesões, principalmente nos joelhos, abreviaram a carreira de Adilson Batista como jogador. Em 2003, então com 35 anos e com apenas duas temporadas como treinador, ele assumiu o Grêmio, clube no qual é ídolo, e ajudou a livrar o Tricolor gaúcho do rebaixamento no Série A do Campeonato Brasileiro. O paranaense de Adrianópolis também teve sucesso nas campanhas de manutenção de Paysandu (2004) e Figueirense (2005). No entanto, na última vez em que lutou contra a ‘degola’, no Vasco (2013), o atual técnico americano não alcançou a tão sonhada permanência na primeira divisão nacional.

No primeiro ano do Brasileiro em seu atual formato, em pontos corridos e com jogos de ida e volta, o Grêmio lutou para não ser rebaixado. Adilson assumiu o Tricolor gaúcho em junho e conseguiu escapar da degola com uma vitória sobre o Corinthians na última rodada. Nos seis duelos derradeiros - mesma situação em que se encontra no América -, foram quatro vitórias (Paysandu, Vasco, Criciúma e Corinthians), um empate (Santos) e uma derrota (Cruzeiro). A equipe terminou a competição, que à época tinha 24 clubes, na 21ª posição, com 50 pontos, um acima do primeiro rebaixado, o Fortaleza (23º).

A sequência de Adilson como treinador no cenário brasileiro se manteve inabalável contra quedas nos dois anos seguintes. Em 2004, ajudou o Paysandu a se manter na Série A. Foram sete vitórias, cinco empates e seis derrotas em 18 jogos. Restando cinco rodadas para o fim do Brasileiro, foi trocado por Wagner Bennazzi. O clube paraense manteve campanha regular e finalizou a competição na 14ª posição, com 56 pontos, seis acima do Criciúma (21º), primeiro rebaixado.

Em 2005, o Figueirense termina o primeiro turno na 21ª colocação, com apenas 18 pontos e o sinal de alerta ligado contra o rebaixamento. Adilson assumiu o clube na 26ª rodada e conseguiu manter a equipe catarinense na primeira divisão, fechando o campeonato na 16ª posição, com 53 pontos, quatro acima do Coritiba (19º), primeiro na zona de rebaixamento. Na temporada seguinte, foi campeão catarinense e deixa o cargo para assumir o Júbilo Iwata, do Japão, e os catarinenses se mantiveram na Série A do Brasileiro.

“Cheguei e nós estávamos na zona. Saímos com as vitórias contra Santos e Inter. A gente sabia da dificuldade, lamento alguns pontos. Agora, é passar tranquilidade. Tenho experiência. Conseguimos em 2003 no Grêmio, em 2004 no Paysandu, depois em 2005 no Figueirense (...)”, afirmou Adilson após a derrota no clássico desse domingo para o Cruzeiro.

Queda recente

Apesar do êxito, conquistando os objetivos e a permanência no comando de Grêmio, Paysandu e Figueirense, Adilson também acumula no currículo a queda com o Vasco, em 2013. O treinador assumiu em outubro e dirigiu o time nas últimas sete rodadas do Brasileiro. Com três vitórias, dois empates e duas derrotas, não conseguiu salvar os cariocas do rebaixamento. O clube se manteve na 18ª posição, fechando o campeonato com 44 pontos, apenas a menos que o rival Flamengo (16º), primeiro fora do Z-4.

Passagem relâmpago

Em 2015, muito provavelmente, Adilson teria mais uma queda marcada em seu currículo. O treinador assumiu o Joinville em junho e foi demitido em julho, apenas 10 rodadas depois de anunciado. O clube foi o lanterna da competição, com 31 pontos, 12 atrás do Goiás (43), 16º colocado e primeiro fora da zona de rebaixamento.

Missão no América

Diferentemente das campanhas anteriores na Série A, em 2011 e 2016, o América mostrou mais consistência para tentar permanecer na primeira divisão. Porém, sem vitórias nas últimas nove rodadas, o Coelho entrou na zona de rebaixamento e tem seis duelos para evitar a queda. A equipe enfrenta o Paraná, às 17h do próximo sábado, no Independência, e depois joga contra Internacional, Santos, Palmeiras, Bahia e Fluminense.

Tags: américa coelho seriea adilson interiormg