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América abre mão da tradicional camisa verde e preta usada há 50 anos; torcedores opinam

Clube divulgou novos uniformes no último domingo

postado em 01/09/2020 17:00 / atualizado em 02/09/2020 09:02

(Foto: Mourão Panda/América)
O América divulgou, no último domingo, os novos uniformes para o restante da temporada 2020/2021. A camisa número 1 apresenta dois tons de verde, detalhes em dourado e escudo fechado. Já a segunda opção é predominantemente branca e com emblema aberto.


Os modelos produzidos pela Sparta custam R$ 219,90 (masculino) e R$ 209,90 (feminino). A estreia oficial ocorrerá em outubro, mesmo mês em que os produtos da pré-venda serão entregues aos compradores.

De maneira surpreendente, o Coelho abriu mão, ao menos em um primeiro momento, do tradicional manto verde e preto utilizado desde 1970. O Superesportes entrou em contato com o clube para saber o motivo. O diretor de marketing e negócios, Erley Lemos, justificou a decisão.

“Dentro da liberdade oferecida pela marca própria, o clube seguiu um planejamento de evolução do design, com uma proposta moderna e que acompanha tendências internacionais. Isso fica nítido nas cores personalizadas, no layout arrojado e na riqueza dos detalhes”, disse Erley.

“Estamos felizes com resultado e com a ótima aceitação dos modelos por parte da torcida. Tivemos milhares de menções positivas nas redes sociais e as vendas, nos primeiros dois dias, superaram os números da camisa 2019, considerando o mesmo período”, complementou o dirigente.

E os torcedores do América, o que acharam da novidade? A reportagem colheu opiniões de alguns a respeito dos uniformes. De um modo geral, eles aprovaram o design, porém entenderam que a versão verde e preta deveria ser mantida para preservar a tradição da instituição.

(Foto: Mourão Panda/América)

Mário César Monteiro

“A camisa não é feia. Mas eu queria que a camisa verde e preta sempre fosse o uniforme número 1. E a camisa verde e branca o uniforme número dois. Isso teria que ser algo oficial, estatutário, fixo e permanente. Daí, a terceira camisa teria total liberdade de criação, variação de cores, de estética, de todo um nicho mercadológico da modernidade. Isso agradaria aos mais tradicionalistas, que ficariam satisfeitos com os uniformes 1 e 2, e ao pessoal que é mais adepto a inovações com a camisa 3”.

“Se a camisa número 1 fosse a número 3, eu ficaria satisfeito. A camisa é até razoável. Mas o fato de ela ser número 1 me incomodou. O futebol tem um lance de identidade. E você só constrói a identidade reafirmando as tradições. O América, em 108 anos, usou por 50 anos a verde e preta, 98 verde e branco e dez anos de vermelho. Teria que ter essa composição sempre, o verde e preto, o verde e branco e a criação livre da terceira camisa. E aí poderia manter a do goleiro vermelha para lembrar a década de vermelho. Aí ficaria legal”.

“Eu entendo os fabricantes. Eu, como colecionador, vejo que se fizerem as camisas ‘mais do mesmo’ sempre, apenas um determinado grupo de torcedores consome. Agora, como eles querem colocar esse consumo de camisa do América para torcedores do Brasil inteiro, fazem essas camisas diferentes. Ficaria legal se fizessem três: duas tradicionais e uma diferente do padrão”.

João Paulo Moreira

“Eu gostei dos novos uniformes. Achei bacana a ideia de fazer uma camisa diferente no uniforme 1, e penso que ficou bem legal o jeito que fizeram. Na número 2, gostei muito do escudo e também achei a camisa muito bonita.

“Senti falta da verde e preta, a tradicional camisa do América, que todos no Brasil identificam como uniforme do clube. Mas, como falei antes, é bom também mudar um pouco, então achei válida a ideia da nova camisa 1”.

Lucas Vandal

“Achei muito bonita e vi a ação de marketing bem pensada. Mas, a cada momento que passa, sinto mais falta das cores tradicionais. Acho que se tivessem mantido os tons usados na camisa 1 de 2019, com o desenho da camisa 1 de 2020, seria o meu modelo ideal”.

“Penso que deveria ter encaixado de alguma forma a combinação verde e preta na coleção, talvez usando a camisa que foi lançada como a número 1 usando, na verdade, como a terceira camisa. Seria uma opção de sucesso”.

Anderson Mendes Nazareth

“Meu ponto de vista sobre a camisa é que ela ficou maravilhosa, muito diferente das anteriores que foram lançadas pelo América e que vem ao encontro com o que grande parte da torcida vinha pedindo. Mas, para mim, ela seria a terceira camisa, e não a primeira. Deveriam ter feito uma nova camisa seguindo a tradição das cores do nosso América”.

Carlos Silveira

“Não é de toda ruim, mas inapropriado pelo momento e com detalhes que não agradam. Tínhamos ficado livres do coelho horroroso que parece mais um pelicano, que voltou inexplicavelmente nessa camisa. Prefiro de longe a combinação do verde e preto. Os próprios tons de verde utilizados não são os mais bonitos. Eu não vou comprar”.

“Verde e preto é tradicional e, principalmente, em vista dos 50 anos da combinação. Achei um acinte ao América e à sua torcida ter ficado de fora”.

Rafael Bonatto

“Eu gostei muito dos novos uniformes. De início, estranhei um pouco a camisa de duas cores como primeiro uniforme, mas, depois de um tempo, aceitei a beleza do modelo, e os detalhes dourados são a cereja do bolo na camisa. Já garanti a minha. A branca já é nosso uniforme reserva tradicional e ainda assim fizeram pequenas listras cinzas que deixaram a camisa mais bela”.

“Não vejo problema em tirar as tradicionais listras verde e pretas da coleção por um ano e meio. O verde é nossa identidade e ele está presente na camisa”.

Hugo Smidt

“Achei a camisa diferente. Talvez ficaria melhor como terceiro uniforme, onde geralmente os times inovam mais. Mas, no geral, acho válido a tentativa do clube de sempre inovar”. 

“Entendo que foi uma aposta arriscada, pelo fato de não respeitar as cores tradicionais do clube”.

Bruno Mangerotti 

“Eu gostei da camisa, achei ela linda, um conceito inovador chamou atenção. Apesar de ser uma camisa que foge do tradicional, acho que a utilização do preto e verde cairia melhor na camisa, é histórico”.

“Mas é inegável o quanto ela ficou bonita. Os traços em dourado, como já foi feito anteriormente, vieram de novo e ficaram maravilhosos”. 

“A camisa branca é simples e perfeita, algo que já vem sendo acertado de muitos anos. Super válida a inovação”.

Thiago Chiari

“A camisa ficou maravilhosa. Eu comprei antes de saber que não tinha preto. Para mim, foi um erro crasso tirar a camisa verde e preta, unânime no Brasil inteiro e eleita a mais bonita do país, no ano de comemoração de 50 anos. É óbvio que o marketing (do América) não sabia disso. A camisa ficou bonita, mas esse erro é imperdoável”.

Lucas Carneiro

“O novo uniforme do América ficou bonito e diferente, mas longe do que eu esperava. Na minha opinião, encaixaria como um belo terceiro uniforme, mas, para o primeiro, foi uma escolha errada, ainda mais levando em conta que esse ano é o cinquentenário da verde e preta”. 

“A camisa verde e preta do América jé é uma marca do time. Moro no interior de São Paulo, e não tem onde que eu vá com ela que as pessoas não se impressionem”.

“No geral, a camisa ficou bacana, mas fiquei desapontado. Levando em conta o trabalho de marketing para o lançamento, imaginei algo que ficasse mais dentro da nossa história”. 

Carlos Paiva

Creio que deixei minha desaprovação de forma clara. Nem torcidas pobres utilizam camisas tão feias. O material é pobre, e os tons de verde escolhidos são mais pobres ainda. A camisa branca parece camisa de campanha política, e daquelas que se compra a R$ 4,00.

São 50 anos da camisa verde-limão e preta com gola rolê preta. Esta camisa venderia aos milhares. A segunda camisa poderia ser a de 1920, do centenário do penta (do Mineiro). Branca de gola verde. E o América claramente contrata um amador com fraco conhecimento de cores e nenhum conhecimento da história centenária do clube.

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