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COPA DO BRASIL

Copa do Brasil: Lisca fala em 'superação' do América contra o Palmeiras

Treinador americano exaltou entrega do grupo e ressaltou impacto do gol palmeirense no cenário da partida

postado em 24/12/2020 06:00 / atualizado em 24/12/2020 02:28

(Foto: João Zebral/América)
O técnico Lisca exaltou a entrega do grupo do América no empate com o Palmeiras, em 1 a 1, pelo jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil. O comandante americano falou em 'superação' e ressaltou o impacto do gol palmeirense, ao final do primeiro tempo, no cenário da partida.

“Cumprimentar o grupo. Pela valentia, pela entrega, até pelo poder de superação. Não é segredo para ninguém que nós estamos com alguns desfalques, jogadores importantes. (...) O grupo manteve o padrão. É óbvio que você trocando o time, você perde um pouco, mas os jogadores foram muito valentes, se entregaram muito. (...) Não é fácil você pegar um adversário com o poderio do Palmeiras e ter algumas preocupações”, disse.

O treinador alviverde também citou a 'desatenção' que gerou o gol de empate ao final do primeiro tempo. Em jogada de lateral, Marcos Rocha 'cruzou' para o zagueiro Gustavo Gómez cabecear e balançar as redes.

“O que faltou foi não ter tomado aquele gol, na última bola do jogo, num lateral frontal. Nos deixou muito chateados no intervalo. Até a gente recuperar nosso ímpeto ali, foram cinco, dez minutos no vestiário, porque já tínhamos tomado um gol contra o Inter numa falta frontal, agora num lateral frontal. Um gol raro, que poucas vezes acontece. Se faltou alguma coisa, foi isso: um pouquinho mais de atenção no final do primeiro tempo e um controle maior desse lateral jogado na área para o Gustavo, porque foi uma jogada cantada”, afirmou Lisca.

“O gol nos deixou com o sentimento de que a gente poderia ter virado o primeiro tempo com a vantagem. Aí, já seria um outro vestiário. O Palmeiras, talvez, teria que tomar algumas providências mais radicais, de soltar o time, e a gente poderia aproveitar melhor”, completou.

O comandante americano ressaltou o desgaste físico gerado pelo gramado sintético e a maratona de jogos. Nos últimos dois meses, o Coelho disputou 18 partidas.

“Também sentimos um pouco o gramado. É um gramado totalmente sintético - muito diferente do campo natural. Nós nunca tínhamos jogado, não treinamos nesse gramado. O pique da bola é diferente, a aceleração é diferente, o passe. Tudo é diferente”, pontuou o técnico americano.

“E, também, a maratona de jogos. É uma coisa impressionante o que estamos vivendo. Faz três meses que a gente não tem semana para treinar. Nosso ritmo está muito forte também na Série B. Tem que cumprimentar meu grupo por essa superação no aspecto físico também”, acresceu.

Por fim, Lisca falou sobre o rótulo de 'doido', recebido durante o trabalho no Ceará, em 2018. O técnico disse se sentir incomodado pela alcunha e pediu valorização ao seu trabalho.

“Muitas vezes, aproveitam essa cunha de 'doido' para rotular o profissional, e para talvez, algumas vezes, ironizar, ou menosprezar. Isso muitas vezes me incomoda. Por isso, eu acho que seria importante a gente falar cada vez mais de trabalho e menos desse personagem que foi criado”, finalizou.
 
América e Palmeiras voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (30), às 21h30, no Independência, em Belo Horizonte. O Coelho precisa de uma vitória para avançar à final da Copa do Brasil pela primeira vez. Um empate leva a decisão para os pênaltis. 
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