Enviado especial

Buenos Aires - Ao passar pelas ruas de Avellaneda, uma imagem curiosa: os jogadores das categorias de base do Independiente, grande rival do Racing na Argentina, reunidos próximo ao Estádio Libertadores da América, casa dos Rojos. Perguntá-los se torceriam pelo Atlético contra o Racing nesta quarta-feira, às 19h30, no El Cilindro, seria pedir para ouvir uma resposta óbvia. Mas não foi bem o que aconteceu.
Reunidos, nove jovens do Independiente conversavam e oito deles foram com a mesma preferência: “Torceremos pelo Mineiro”. Mas a resposta não foi a mesma do jovem Santiago. Apesar de não usar o nome do rival para responder, ele usou como alternativa a torcida pelo futebol do país.
“Não vou torcer contra o Racing. Eu torço pelo meu país”, disse o garoto.
Saiba mais
A rivalidade entre Independiente e Racing é considerada a segunda maior da Argentina, atrás apenas de Boca Juniors e River Plate. São menos de 300 metros entre um estádio e outro. Uma rua, a Ricardo Bochini - ídolo do Independiente - , marca os limites. Mas não põe fim a uma das maiores rivalidades do futebol argentino.
As marcas da rivalidade estão por todos os lados de Avellaneda. Pichações nos estádios e provocações nas ruas acontecem todo o tempo. A paixão pelos clubes vai além dos torcedores.
Quando se confrontam, seja no Libertadores da América ou no Cilindro, a cidade para. Tem sido assim desde 1907, quando os Rojos venceram por 3 a 2.