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Investidores perdem liminar na Justiça, e Atlético vai receber parcela final da venda de meia

Percentual de Giovanni Augusto ainda é fruto de disputa entre clube e empresários

postado em 03/06/2016 12:26 / atualizado em 03/06/2016 12:39

AFP PHOTO / PHOTOSPORT
A Justiça negou liminar aos investidores Roberto Mafra Vincentini e Marcos Trabulsi Ashcar que buscavam que o Corinthians depositasse em juízo a última parcela da compra do meia Giovanni Augusto junto ao Atlético. Ainda corre, contudo, uma ação dos empresários contra o Galo desde dezembro do ano passado. Eles pedem reconhecimento de parte dos direitos econômicos do atleta.

A informação foi adiantada pelo blog do Perrone, no Uol. O diretor jurídico do Atlético, Lásaro Candido da Cunha, explicou o processo. “Eles tinham uma participação nos direitos firmado em contrato desde que a transferência ocorresse até maio de 2015. Depois, houve o imbróglio em que o atleta tentou se desvincular do clube, e perdeu a ação trabalhista. Mais à frente, fizemos um novo contrato com o jogador. Por isso, os empresários não possuem mais direitos. Se a transferência ocorresse até aquela data acordada, eles receberiam por isso. Os empresários promoveram uma medida cautelar, que foi negada, e agora perderam a liminar na Justiça também”, disse o diretor ao Superesportes.

O Corinthians pagou cerca de 4,5 milhões de euros por 50% dos direitos de Giovanni Augusto, além da liberação de André. O valor referente à transferência do armador é de pouco mais de 3 milhões de euros. O Galo ainda possui metade dos direitos dele.

No início de 2015, Giovanni Augusto entrou na Justiça por rescisão indireta de contrato com o Atlético. A Justiça, contudo, deu ganho de causa ao Galo. Poucas semanas depois, uma reviravolta. De relegado, ele passou a figura importante no elenco. Giovanni Augusto entrou no segundo tempo da decisão do Campeonato Mineiro contra a Caldense e participou da jogada do gol da virada. No dia seguinte, ele foi inscrito na Copa Libertadores e, na terça-feira (05/05/2015), assinou um novo contrato com o Atlético.

Na ação, os investidores alegam que o Atlético teria a obrigação contratual de manter seus percentuais.

Em contato com a reportagem, o advogado do jogador, Fábio Cruz, comentou o processo. “Os investidores entraram com uma ação em dezembro do ano passado. Somente na semana passada, a notificação chegou para o Giovanni Augusto. É importante dizer que a partir do de maio de 2015, ficou proibida a participação de investidores em direitos econômicos de atletas. E o Giovanni assinou um novo contrato após esta data. Mas, no que cabe ao Giovanni Augusto, ele não teve participação na venda”, afirmou.

Em decisão no fim de 2015, o Comitê Executivo da Fifa anunciou a proibição da participação de investidores em direitos econômicos de atletas a partir de contratos assinados no dia 1º de maio de 2015.

Giovanni Augusto é natural de Belém, no Pará. Em 2008, o armador foi vendido do Paysandu ao Atlético por cerca de R$ 90 mil. Ele subiu aos profissionais do Atlético em 2010.

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