A morte do diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, causou comoção no meio esportivo. Técnicos, dirigentes e jogadores lamentaram o falecimento do dirigente. O Superesportes colheu depoimento de profissionais que relembraram momentos ao lado de Maluf.
Alvimar de Oliveira Costa, ex-presidente do Cruzeiro
“Melhor executivo do futebol que já trabalhei. Agregador, líder, confiante. No futebol ele fez a diferença. 11 anos de Cruzeiro, foi importante demais no clube. Já falei isso com a esposa dele. O futebol perde muito com o falecimento dele. Estou muito chateado. Como pessoa e como profissional. Teve a primeira oportunidade de trabalhar no futebol, comigo e com o Zezé, que era o presidente. Ele vindo do Valério. Quando ele dirigia o Valério, ele tinha uma liderança tão grande com os clubes do interior, que todas as formas que a gente propunha no arbitral (Cruzeiro e Atlético), nós éramos derrotados. Aí que eu pensei: 'Esse cara é bom demais. Preciso contratá-lo'. Um cara que os jogadores respeitavam. Filtravam os problemas do dia a dia e resolvia quase tudo. Ele já chegava pra você com as opções. Representava o Cruzeiro em todas as reuniões”
Vanderlei Luxemburgo, técnico do Sport
”Primeiro, lamentar muito a morte do meu amigo. Dar os meu sentimentos à família Maluf. Um dos grandes executivos do futebol que eu conheci, sério, honesto, companheiro. O futebol brasileiro perdeu uma referencia”, disse Luxemburgo.Cuca, técnico do Palmeiras
“Um grande amigo que fiz na vida, no futebol. Sempre falava com ele. Aprendi muito com ele. Ele era meu calmante, era quem me passava confiança e segurança. Malufão construiu a casa dele na Pampulha, era o maior orgulho. Íamos sempre lá. Ele tinha uma adega linda, sempre tomávamos vinho, junto com Carlinhos Neves. Só tenho a lamentar. Lamento muito por não poder ir aí, mas fica meu abraço para a família, que vão sempre ter orgulho do trabalho que ele fez. Maluf era o cara mais inteligente que tinha no futebol. Fez grandes trabalhos no Cruzeiro e Atlético. É um cara do bem. Infelizmente nos deixou muito cedo”
Levir Culpi, técnico do Santos
“Acabo de assinar o contrato com o Santos. Estou indo para BH. Nunca ouvi alguém fazer uma crítica pessoal a ele. Como pessoa, um cara alegre, descontraído. Trabalhamos juntos no Cruzeiro e no Atlético. Um cara especial, só isso. E o reflexo dele é o filho dele, que é muito parecido com ele. Um cara extrovertido. Estou muito triste”.
Benecy Queiroz, supervisor administrativo do Cruzeiro
“Eu acho que Minas perdeu um grande dirigente. Um dos maiores que tive a oportunidade de trabalhar. Ele ajudou o Cruzeiro a ter uma ascensão muito grande no cenário esportivo estadual, nacional e internacional. O mesmo fez para o Atlético. Além de perder um dirigente, perdi um amigo. Mas Deus sabe o que faz. Eu tinha contato diário com ele. Nas duas últimas semanas ele ficou na UTI e só familiares tinham acesso. Mas recebia notícias dele constantemente. A gente teve momentos de muita felicidade, uma convivência muito grande. É isso que fica na lembrança”.
Jorge Machado, empresário
“Maluf foi uma das maiores coisas que aconteceram no futebol brasileiro. Foi ele que me abriu as portas para o futebol, na época ainda do Cruzeiro. É um dos maiores amigos que tenho no futebol. É uma perda muito grande para todos nós. Tive uma conversa com o Daniel Nepomuceno (presidente do Atlético) e ele não conseguiu se conter. Mandei pra ele uma camisa do Grêmio recentemente. Que Deus receba ele de braços abertos. Foi uma pessoa incrível, maravilhosa. A ética que ele tinha como profissional. Muitas vezes tentei trazê-lo para trabalhar aqui no Sul, mas não consegui. Tem muitos jogadores me ligando, tristes, porque conheciam o Maluf. Falar dele para mim é fácil demais. Construiu uma família, deixou um legado. É a vida. É uma doença cruel. Mas sob hipótese nenhuma desistiu de viver. Sempre se preocupava com o Atlético, ficou alegre ao voltar a trabalhar. Isso tudo fica na memória de um guerreiro”.
Marcelo Oliveira, técnico de futebol
“Eu tenho uma amizade por ele. Achava uma pessoa muito digna e correta, um profissional muito competente. Tivemos esse período do Atlético, mas com o afastamento do Maluf, tive apenas duas reuniões com ele. As referências profissionais dele são muito boas. Sentimos muito pela perda, com essa doença terrível, pois ele tinha muito a nos oferecer. Que Deus conforte a família nesse momento”.
Leão, ex-treinador de futebol
“Estava sempre rezando por ele. Eu gostava muito dele. Lamento profundamente a perda de um amigo e de um companheiro. Tivemos a felicidade de trabalhar no Cruzeiro. Sempre tivemos um relacionamento que perdurou até hoje. Trocávamos muitas ideias, batíamos muitos papos. A visita que eu iria fazer a ele no Galo, conforme conversamos há um mês, não poderá mais ser feita. O mínimo que posso fazer por ele agora é rezar. Tivemos uma identificação muito grande e um respeito maior ainda”
Adilson Batista, técnico de futebol
”Só tenho lembranças boas. É uma pessoa que me ajudou, corrigiu e orientou. Tínhamos uma amizade boa. Frequentava a casa dele. Nos momentos difíceis ele me acalmava. Estou muito triste. Soube da doença, então fiquei preocupado com isso. Estou correndo atrás da minha vida, faz tempo que não vou a Minas, mas é uma perda lamentável”
Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras


















































































