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Roger aponta 'reação tática' do Atlético como determinante para virada no clássico

Técnico destaca volta da boa fase ao Galo e reflexo positivo para Libertadores

postado em 02/07/2017 20:18 / atualizado em 02/07/2017 22:46

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

A força de reação do Atlético no clássico contra o Cruzeiro, neste domingo, no Independência, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, agradou bastante o técnico Roger Machado. O Galo perdeu o capitão Leonardo Silva e saiu atrás no placar antes dos cinco minutos de jogo. No entanto, Cazares e Fred, duas vezes, marcaram e definiram a virada no Horto, por 3 a 1. Na análise do treinador, a mudança na forma de atacar foi fundamental para dar o domínio ao Alvinegro e a tranquilidade necessária aos jogadores.

“Com a lesão do Leo, logo aos três minutos, e o gol do Cruzeiro, a gente saiu um pouco da partida. A gente não conseguia ter uma sequência que levasse o Cruzeiro para dentro do seu campo. Nesse perde e ganha, o Cruzeiro ocupou o nosso campo por cerca de 20 minutos. A movimentação no nosso lado esquerdo, proporcionada pelo Yago, fez com o que Cruzeiro andasse para trás. Aí retomamos a confiança na partida, e as nossas ações passaram a ser mais organizadas. Entendemos que tentar a saída pelo centro não seria a melhor forma, e voltamos para o jogo. Conseguimos a virada ainda no primeiro tempo, com alguns ajustes no posicionamento, principalmente no do Robinho. Isso nos deu mais consistência. Fizemos 3 a 1, mas poderia ter sido mais, porque tivemos chances”, comentou o comandante gaúcho, em entrevista coletiva depois da partida.

Roger Machado não considerou a raça como o fator decisivo para a virada do Atlético no clássico. O técnico apontou o aspecto tático e a concentração como os elementos para dar o ímpeto ao time. Ele, porém, ponderou que a dura sequência de jogos dificulta a disposição demonstrada pelo Galo diante do arquirrival.

“A garra é o somatório da tática, do bom posicionamento, da concentração. Se o Cruzeiro liquidasse o jogo, falariam que a gente não teve vontade de vencer. Então, é muito simplista analisar o jogo por vontade ou falta de vontade, garra ou sem garra. Quando esse conjunto funciona bem, a gente vê um time com garra, intensidade e jogo. Às vezes, a sequência alucinante de jogo não permite essa intensidade. É humanamente impossível fazer 80 jogos no ano com essa entrega. Que bom que achamos outros jogadores que possa dar esse equilíbrio e essa resposta técnica”, declarou.  

Com o resultado deste domingo, o Atlético assumiu a sexta colocação do Campeonato Brasileiro, com 16 pontos. O Alvinegro também chegou ao quinto jogo de invencibilidade – anteriormente, foram triunfos sobre São Paulo, Chapecoense e Botafogo, além de empate com Sport. A boa fase paira na Cidade do Galo justamente em momento de início de mata-mata na Copa Libertadores. Na próxima quarta-feira, a equipe atleticana tem confronto com o Jorge Wilstermann, às 21h45, na Bolívia, pelas oitavas de final da competição.

Roger admite que a confiança aumenta com a vitória no clássico, mas é cauteloso. “A condução do trabalho é a mesma. Isso não vai mudar a forma de trabalhar nem nossos objetivos. Clássico é visto como campeonato à parte que gera motivação e confiança no torcedor a respeito do trabalho que estamos fazendo. Claro que há o reflexo positivo nos próximos jogos, porque voltamos a vencer no Brasileiro. Isso gera confiança. Mas temos de manter os pés no chão, com passos pequenos e firmes, porque isso também gera onda de motivação em outras competições”, concluiu.






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