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Micale avalia vexame do Galo na Libertadores: 'Não existe terra arrasada'

Treinador admite momento delicado, mas pede união pela recuperação

postado em 10/08/2017 01:21 / atualizado em 10/08/2017 01:59

Bruno Cantini / Atlético
Depois de mais um fracasso do Atlético na temporada, com a eliminação diante do modesto Jorge Wilstermann, da Bolívia, nas oitavas de final da Copa Libertadores, no empate sem gols em pleno Mineirão, o técnico Rogério Micale, mesmo decepcionado e frustrado, procura reerguer o moral do grupo. Ele admitiu o péssimo momento da equipe, que já ronda a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, mas se mostrou confiante na recuperação no segundo turno da competição.


Micale fez questão de ressaltar, na coletiva depois da eliminação vexatória na Libertadores, que não haverá ‘caça às bruxas’ para encontrar culpados pelo novo fracasso. Segundo ele, é preciso uma união de todos para que o Atlético reencontre o caminho das vitórias a partir do duelo contra o Flamengo, neste domingo, no Independência, na abertura do returno do Brasileiro. 

“É um momento difícil de desclassificação em um torneio importante. Precisamos nos reestruturar no Brasileiro. É um momento de oscilação em um clube que se acostumou a ganhar e que todos esperam que ganhe muito. Mas não pode acabar o mundo ou existir terra arrasada. É um momento de oscilação, que nós, comissão técnica, diretoria e jogadores, precisamos nos unir para que o Atlético possa se reerguer no Brasileiro”, declarou o treinador.

Micale descartou possibilidade de mudanças no grupo, como chegada de reforços ou saídas de jogadores, até o fim da temporada. “O momento é delicado, mas só nós podemos sair dessa situação. Os jogadores são esses, as pessoas que estão aqui trabalhando já demonstraram que são excelentes profissionais. É um momento que o clube vive e que precisamos passar por ele. Precisamos achar um meio para que tudo funcione, os jogadores são esses, não vai mudar. Eu estou no barco e acredito que a gente pode fazer algo, pois fazemos o melhor, que é trabalhar”, enfatizou.

‘Chuveirinho’

Sobre a atuação do Galo diante do Jorge Wilstermann, Rogério Micale concordou com as opiniões que o time insistiu no jogo aéreo, como vem ocorrendo com frequência na temporada. “No primeiro tempo tentamos mais pelo chão, com infiltrações, trabalhamos entre linhas. O chuveirinho começou a partir dos 20min finais, aí já entra o nervosismo e voltamos à essência daquilo que a equipe está padronizada a fazer. A equipe cruza muitas bolas, mas precisamos ter equilíbrio e outras alternativas”, frisou.

Micale considera que o jogo contra o Flamengo reunirá equipes em momentos bem parecidos, embora o adversário esteja à frente na classificação. Ele citou o Corinthians como exemplo para mostrar que no futebol é preciso ter, acima de tudo, um time equilibrado para brigar por título. “São duas equipes que não vivem bom momento e precisam se reabilitar na competição. No começo do ano, o Corinthians era a quarta força, o Carille (treinador) foi uma má escolha. Hoje, o Corinthians é o líder. São opiniões que surgem”, avaliou.

“Folha de pagamento não ganha título, nome não ganha título. O que ganha título é equipe equilibrada, essa é a regra do futebol. No começo todo mundo fala o que quer. O que acontece é que no decorrer do campeonato a gente vê quem tem condição ou não. Estamos chateados, por tudo o que o clube representa, mas não podemos achar que nada presta. Precisamos do nosso torcedor, os jogadores precisam de apoio para dar uma resposta”, comentou.

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