'Ano difícil'? Em 2018, Atlético prevê gastar em reforços valor pouco superior ao de 'um Elias'

Pré-candidato da situação na eleição presidencial do Atlético, Sergio Sette Câmara admitiu: 2018 tende a ser um ‘ano difícil’ para o clube. Ao menos em termos de contratações, o ajuste financeiro deve mesmo ocorrer. Afinal, a previsão da diretoria atual é que sejam gastos R$ 10 milhões em aquisição de atletas na próxima temporada. O valor é um pouco superior ao acordado em 2017 pela compra de 70% dos direitos econômicos de Elias, que defendia o Sporting-POR.

O volante custou 2,5 milhões de euros aos cofres alvinegros. Em janeiro, a quantia correspondia a R$ 8,4 milhões. A cotação atual indica o valor de R$ 9,5 milhões. A contratação ainda não foi paga integralmente pelo Atlético. Justamente por isso, o Sporting, segundo a imprensa portuguesa, acionou o clube mineiro na Fifa.

Sergio Sette Câmara é o principal favorito a vencer a eleição presidencial do Atlético, que será realizada no dia 11 de dezembro. Se vencer o pleito, o atual vice do Conselho Deliberativo comandará o clube entre 2018 e 2020. E ele já foi claro: adotará uma ‘filosofia’ diferente da utilizada pelo companheiro Daniel Nepomuceno. O atual mandatário ficou conhecido por, assim como o antecessor Alexandre Kalil, realizar contratações de peso.

Apesar de não ter explicado claramente qual será o novo método caso seja eleito, Sette Câmara disse que 2018 deve ser um ‘ano difícil’ para o Atlético. 

“Eu quero que a torcida tenha compreensão. Esse primeiro ano é um ano difícil. Muitas coisas vão mudar. Eu tenho uma outra filosofia. E entendo que, implantada essa filosofia, nós vamos conseguir, sim, muitos títulos, muitas vitórias, grandes conquistas, muitas alegrias”, disse à Itatiaia.

Como forma de comparação, o Atlético gastou, em 2016, R$ 15,6 milhões em atletas negociados. Nomes como Cazares, Robinho, Otero, Fred e Fábio Santos chegaram ao clube.

Em 2015, o valor foi menor: R$ 11,2 milhões. A principal contratação da temporada foi a do atacante Lucas Pratto, vendido em 2017 para o São Paulo. Os gastos deste ano ainda não foram divulgados pelo Atlético.

O valor de R$ 10 milhões previsto para 2018 foi apresentado no orçamento elaborado pelo presidente Daniel Nepomuceno. O documento, assinado pelo mandatário e pelo diretor de finanças e orçamento Carlos Fabel, foi enviado aos conselheiros do clube, que debaterão o tema na próxima segunda-feira.