“Podem acontecer (novas contratações). O Atlético não é diferente de qualquer outra equipe no Brasil, quer se reforçar. É um ano de ajustes nossos. É importante que a gente coloque para a torcida. Mas, mesmo sendo um ano de ajustes, a criatividade tem que estar em primeiro plano. E a criatividade passa efetivamente por você fazer algumas ações dentro do mercado da bola, em que você consiga qualificar sua equipe e baixar esse custo nosso, que vinha sendo um pouco fora da nossa realidade”, disse o dirigente em entrevista à TV Galo, divulgada na tarde desta quinta-feira (assista abaixo).
Confira uma entrevista exclusiva com o diretor de Futebol do Atlético, Alexandre Gallo. Vamos, #Galo! pic.twitter.com/rPYp5qk7FC
%u2014 Atlético (@atletico) 28 de dezembro de 2017
A estratégia do Atlético no mercado é gastar pouco. Até o momento, o clube não precisou desembolsar nenhum valor para contratar os cinco jogadores. Samuel Xavier, Arouca, Erik e Róger Guedes chegam à Cidade do Galo por empréstimo de um ano; Ricardo Oliveira, por sua vez, tinha vínculo com o Santos apenas até o final do ano e ficou livre para acertar com o clube mineiro.
O perfil dos reforços buscados pela diretoria foi publicizado já na primeira entrevista coletiva de Alexandre Gallo depois de assumir o cargo no Atlético. A ideia é ‘rejuvenescer’ o elenco e tornar o time mais veloz para 2018.
As saídas de Fred, que rescindiu com o Atlético e assinou com o Cruzeiro, e Robinho, que não deve mesmo renovar, são a prova dessa estratégia. As chegadas de Erik (23 anos), Róger Guedes (21 anos) e Samuel Xavier (27 anos, dois a menos que Marcos Rocha, novo lateral-direito do Palmeiras) reforçam a política.
Contratar os experientes Arouca (31 anos) e Ricardo Oliveira (37 anos), entretanto, foi atitude questionada por parte dos torcedores. Alexandre Gallo aproveitou a oportunidade para falar sobre o tema.
“Estamos querendo dar uma cara um pouco mais rápida para a equipe, uma equipe com um pouco mais de jovialidade, apesar da vinda do Ricardo Oliveira, que hoje é um jogador extremamente forte fisicamente e fisiologicamente. Um atleta hoje que está além da sua idade e tem um desempenho muito bom. O Arouca é a mesma coisa. Levantamos tudo, absolutamente tudo sobre todos os atletas que vieram, desde a questão extra-campo até as questões fisiológicas, físicas, técnicas, a quantidade de jogos, a minutagem durante o ano. A gente está muito consciente de tudo o que a gente está trazendo para o Atlético”, garantiu.
Mudanças na base
“No início de janeiro, vamos passar para a nossa torcida. Várias situações novas que nós vamos criar, principalmente na questão de captação, uma rede de captação realmente efetiva em todo o Brasil. A gente entende que o Atlético tem totais condições, pela estrutura que a gente tem hoje, de estar revelando uma quantidade de atletas em qualidade melhor e não em quantidade”, disse.
Leia abaixo a íntegra da entrevista de Alexandre Gallo
O que a torcida pode esperar?
Até agora, acho que o trabalho tem sido bom, dentro do que a gente propôs de planejamento para o ano que vem. Estamos querendo dar uma cara um pouco mais rápida para a equipe, uma equipe com um pouco mais de jovialidade, apesar da vinda do Ricardo Oliveira, que hoje é um jogador extremamente forte fisicamente e fisiologicamente. Um atleta hoje que está além da sua idade e tem um desempenho muito bom. O Arouca é a mesma coisa. Levantamos tudo, absolutamente tudo sobre todos os atletas que vieram, desde a questão extra-campo até as questões fisiológicas, físicas, técnicas, a quantidade de jogos, a minutagem durante o ano. A gente está muito consciente de tudo o que a gente está trazendo para o Atlético, para termos uma equipe em condições melhores em 2018.
Mais contratações?
Podem acontecer (novas contratações). O Atlético não é diferente de qualquer outra equipe no Brasil, quer se reforçar. Nós temos objetivos para o ano de 2018. Nós queremos conquistas. Para isso, temos que, cada vez mais, pensar na grandeza que o clube hoje se encontra. A gente não pode ser diferente das outras equipes, dentro da nossa condição. É um ano de ajustes nossos. É importante que a gente coloque para a torcida. Mas, mesmo sendo um ano de ajustes, a criatividade tem que estar em primeiro plano. E a criatividade passa efetivamente por você fazer algumas ações dentro do mercado da bola, em que você consiga qualificar sua equipe e baixar esse custo nosso, que vinha sendo um pouco fora da nossa realidade.
Mudanças na base
A gente quer trazer algumas novidades que nós tivemos nesses dois anos e meio de Seleção. O Gustavo Cupertino também está vindo para cá. Ele era o supervisor das categorias de base, trabalhou muito tempo comigo na seleção olímpica. Estamos trazendo novidades. No início de janeiro, vamos passar para a nossa torcida. Várias situações novas que nós vamos criar, principalmente na questão de captação, uma rede de captação realmente efetiva em todo o Brasil. A gente entende que o Atlético tem totais condições, pela estrutura que a gente tem hoje, de estar revelando uma quantidade de atletas em qualidade melhor e não em quantidade. Nós temos que qualificar os nossos atletas e, para isso, uma rede de captação vai ser importante. Esse é um dos projetos que a gente tem, mas muita coisa vai vir de novidade em relação à nossa qualidade de dia a dia de trabalho na base.
O que esperar de 2018?
Muito trabalho, muita luta. Desejo tudo de melhor para todos os torcedores do Atlético, um clube que a gente tem no coração, guardado. E a gente está fazendo o máximo possível dentro das nossas condições e com muita criatividade, para que a gente melhore em todas as questões. Na questão financeira, em função desse ano ser um ano de ajuste, mas principalmente qualificando a nossa equipe para buscar conquistas. E esse é o nosso trabalho. O Sérgio (Sette Câmara, presidente do Atlético) já pautou, desde a sua entrada, a nossa primeira reunião, que nós viemos aqui para conquistar. E essa é a ideia. Sem dúvida, é montar um time forte para dar condição ao Oswaldo (de Oliveira, técnico) poder fazer um bom trabalho. Efetivamente, a conquista, naturalmente, vai acabar vindo.
