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No dia seguinte à expulsão de Dedé, vice do Atlético relembra questionamentos ao VAR

Lásaro Cândido da Cunha reiterou ponto de vista sobre arbitragem de vídeo

postado em 20/09/2018 14:39 / atualizado em 20/09/2018 18:00

EITAN ABRAMOVICH/AFP

A expulsão do zagueiro Dedé na derrota por 2 a 0 do Cruzeiro para o Boca Juniors, nessa quarta-feira, repercutiu entre outros clubes do futebol brasileiro. Vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha utilizou o Twitter para relembrar questionamentos pessoais ao VAR. A tecnologia foi acionada pelo árbitro paraguaio Eber Aquino antes de dar cartão vermelho ao jogador celeste na Bombonera,  em jogo válido pela ida das quartas de final da Copa Libertadores.

Dedé foi expulso por um choque acidental em uma disputa de bola com o goleiro Andrada, do Boca. Inicialmente, o árbitro não puniu o zagueiro. Depois, consultou o VAR e decidiu pela expulsão.

Nessa quinta-feira, Lásaro compartilhou um texto que publicou em 3 de julho e comentou: “Reflexão...”. Na análise do vice-presidente, comentários que cobram a implementação da arbitragem de vídeo em ‘todos os campeonatos’ a qualquer custo são simplistas.


“Novidades que transformam o torcedor num pretenso detentos do controle do espetáculo, como o VAR, por exemplo, ganha ares de supremacia incontestável, devendo por essa razão ser replicado localmente e de imediato em todos os campeonatos, sendo ‘irrelevantes’ os procedimentos e custos dessa implantação”, escreveu.

No início do ano, representantes dos 20 clubes da Série A se reuniram com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para discutir a possibilidade de implementar o VAR no Campeonato Brasileiro. A maioria decidiu pela não utilização do árbitro de vídeo.

O Atlético foi um dos clubes a votar negativamente sob as bases pré-estabelecidas pela CBF. No texto, Lásaro cita a questão financeira e a necessidade de ‘transparência’ para a implementação do VAR.

Edesio Ferreira/EM

“Essa voz acrítica não considera que o VAR utilizado na Copa do Mundo tenha utilizado de pelo menos cinco árbitros para cada partida, além dos assistentes técnicos, além de valer-se de infraestrutura dos padrões impostos para a competição global.

Pouco importa para os formadores em massa da onda de utilização imediata do VAR os custos, quem os assume, os protocolos pertinentes e os modelos de transparência que seriam adequados para o funcionamento da nova tecnologia.

Não ocorrem a essa massa de apoio da nova tecnologia o fato de ser controlado por pessoas não identificadas pelos clubes ou pelo grande público, além de os clubes não terem acesso aos registros dos diálogos para eventual impugnação dos procedimentos.

Tudo isso, sem contar que diversas praças da prática do futebol no Brasil teriam que ser adaptadas para a operação do sistema, elevando assim os custos atuais das partidas de futebol, agregando assim custo para rateio e potencial elevação dos valores dos ingressos, já muito caros para o padrão da economia brasileira”, escreveu Lásaro.



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