Reconhecidamente no futebol brasileiro como um jogador de técnica acima da média, Cazares sempre atrai olhares dos marcadores. Para o meia, os treinadores adversários tentam anulá-lo dos jogos colocando um ou até mesmo dois atletas em sua marcação.
“Às vezes fico mais solto, aí dá para jogar mais. Mas tem treinadores que mandam um cara (marcador) ficar só comigo (na marcação). Aí é difícil, porque o cara só fica comigo e, onde eu vou, ele está ali. Aí é difícil de jogar, de administrar o jogo. Sempre tem um cara ou dois na minha marcação, nunca me deixam solto. Às vezes, vou lá em cima com Ricardo (Oliveira) para ficar mais perto dele, mais perto da área, aí a bola não chega em mim. É difícil. Muitos torcedores de fora não veem isso. Mas aqui dentro a gente vê outra coisa. Então, fico tranquilo. Sei que às vezes, quando estou solto, tento fazer o melhor”, disse o jogador, que ressaltou as boas jogadas quando tem espaço para criar.
“Teve uma para Chará, e veio o pênalti (contra o Fluminense). Então, sempre vai ter isso. Uma que tenho, tenho que clarear e dar para Ricardo e deixá-lo na cara do gol. Mas às vezes não tem como, porque tem marcação individual em mim. Aí é difícil”, completou.
No jogo contra o Fluminense, que marcou a reestreia de Levir Culpi pelo clube, Cazares jogou em um posicionamento diferente. O equatoriano atuou mais avançado, próximo a Ricardo Oliveira, sem tanto comprometimento com a marcação e com a saída de bola. O jogador ressaltou que quer essa liberdade para atuar pelo Atlético.
“No jogo contra o Fluminense, tive mais liberdade. Estava lá em cima, ao lado do Ricardo, sem baixar muito para não ficar longe do gol. Elias e Adilson ficaram mais para administrar a bola e trazer para a gente. Luan deu para mim, dei para Chará. Chará, como é rápido, driblou o goleiro e foi pênalti. Tenho que estar lá em cima, tenho que estar solto, mais liberdade. Quero isso. Eu acho que o Levir vai me deixar mais solto, mais livre. Thiago (Larghi) também falava isso, mas eu estava mais recuado”.
Conversa com Levir
“Outro dia, ele (Levir Culpi) conversou um pouco comigo. Ele quer tirar o melhor de mim, na marcação principalmente. Ele sabe que tenho boa técnica, bom chute, bato falta bem e tal. Ele quer tirar o melhor de mim na marcação. Vamos trabalhando. Eu também, às vezes, se puder, posso ajudar. Não sou de marcar, mas tentar ajudar não vai mudar nada de mim. Vou tentar fazer o melhor e conseguir uma sequência boa de jogos pela frente”, disse Cazares.