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Cazares analisa irregularidade no Atlético e crê que mudança de Levir pode favorecê-lo

Meia alterna bons e maus momentos desde que chegou ao clube, em 2016

postado em 25/10/2018 16:08 / atualizado em 25/10/2018 16:14

Bruno Cantini/Atlético

O meia Cazares alterna altos e baixos com a camisa do Atlético. A irregularidade, marca de sua passagem pelo clube, que começou em 2016, ainda não foi superada. O equatoriano reconhece que não consegue repetir as boas exibições constantemente, mas tem uma explicação para que isso aconteça. Para o camisa 10, a forte marcação dos adversários impede que ele brilhe com frequência no Galo.

Reconhecidamente no futebol brasileiro como um jogador de técnica acima da média, Cazares sempre atrai olhares dos marcadores. Para o meia, os treinadores adversários tentam anulá-lo dos jogos colocando um ou até mesmo dois atletas em sua marcação.

“Às vezes fico mais solto, aí dá para jogar mais. Mas tem treinadores que mandam um cara (marcador) ficar só comigo (na marcação). Aí é difícil, porque o cara só fica comigo e, onde eu vou, ele está ali. Aí é difícil de jogar, de administrar o jogo. Sempre tem um cara ou dois na minha marcação, nunca me deixam solto. Às vezes, vou lá em cima com Ricardo (Oliveira) para ficar mais perto dele, mais perto da área, aí a bola não chega em mim. É difícil. Muitos torcedores de fora não veem isso. Mas aqui dentro a gente vê outra coisa. Então, fico tranquilo. Sei que às vezes, quando estou solto, tento fazer o melhor”, disse o jogador, que ressaltou as boas jogadas quando tem espaço para criar.

“Teve uma para Chará, e veio o pênalti (contra o Fluminense). Então, sempre vai ter isso. Uma que tenho, tenho que clarear e dar para Ricardo e deixá-lo na cara do gol. Mas às vezes não tem como, porque tem marcação individual em mim. Aí é difícil”, completou.

No jogo contra o Fluminense, que marcou a reestreia de Levir Culpi pelo clube, Cazares jogou em um posicionamento diferente. O equatoriano atuou mais avançado, próximo a Ricardo Oliveira, sem tanto comprometimento com a marcação e com a saída de bola. O jogador ressaltou que quer essa liberdade para atuar pelo Atlético.

“No jogo contra o Fluminense, tive mais liberdade. Estava lá em cima, ao lado do Ricardo, sem baixar muito para não ficar longe do gol. Elias e Adilson ficaram mais para administrar a bola e trazer para a gente. Luan deu para mim, dei para Chará. Chará, como é rápido, driblou o goleiro e foi pênalti. Tenho que estar lá em cima, tenho que estar solto, mais liberdade. Quero isso. Eu acho que o Levir vai me deixar mais solto, mais livre. Thiago (Larghi) também falava isso, mas eu estava mais recuado”.

Conversa com Levir

Bruno Cantini/Atlético

O técnico Levir Culpi completa nesta quinta-feira uma semana desde que foi apresentado aos jogadores do elenco atleticano. O treinador já teve conversas individuais com alguns atletas, incluindo Cazares. O novo comandante já deixou claro que quer ver números melhores de seu camisa 10, e isso inclui a sua participação na marcação.

“Outro dia, ele (Levir Culpi) conversou um pouco comigo. Ele quer tirar o melhor de mim, na marcação principalmente. Ele sabe que tenho boa técnica, bom chute, bato falta bem e tal. Ele quer tirar o melhor de mim na marcação. Vamos trabalhando. Eu também, às vezes, se puder, posso ajudar. Não sou de marcar, mas tentar ajudar não vai mudar nada de mim. Vou tentar fazer o melhor e conseguir uma sequência boa de jogos pela frente”, disse Cazares.

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