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Rivais na Libertadores, Danubio e Atlético têm histórias de fundação parecidas

Equipes se enfrentam a partir das 19h15 (de Brasília) desta terça-feira, no Uruguai

Divulgação/Danubio

Num dia de março, décadas e décadas atrás, estudantes se reuniam para fundar um time de futebol. A história, recorrente na trajetória de clubes da América do Sul, é compartilhada por Atlético e Danubio, rivais na segunda fase da Copa Libertadores. As equipes se enfrentam a partir das 19h15 (de Brasília) desta terça-feira, no estádio Luis Franzini, em Montevidéu, capital do Uruguai.

Em 1º de março de 1932, 19 alunos da escola pública ‘República de Nicaragua’ concretizaram uma ideia que já tinha começado a ser discutida tempos antes: montar um time de futebol. Os garotos, cuja maioria tinha entre 12 e 15 anos, fundavam o Danubio na região da Curva de Maroñas, em Montevidéu.

O Atlético foi fundado por 22 estudantes de classe média em 25 de março de 1908, quase 24 anos antes do adversário desta terça-feira. A reunião dos jovens foi no coreto do Parque Municipal de Belo Horizonte.

Divulgação/Atlético

O Danubio

O nome do Danubio foi sugerido por María Mincheff de Lazaroff, mãe de Miguel, Juan e Apostol - três dos garotos que ajudaram a montar o time. Antes, a equipe era chamada de ‘Tigre’. Descontentes com a nomenclatura, os amigos resolveram fazer um encontro na casa de María para alterar a denominação.

Ela deu a sugestão de Maritza, um rio que corta Grécia, Bulgária e Turquia. Era onde ela lavava roupas na infância. O nome foi rejeitado. María insistiu, agora com outra ideia: Danubio. 

A mulher era fascinada com rios. Danubio é o segundo maior rio da Europa em extensão, atrás apenas do Volga. A nascente se localiza na Floresta Negra, na Alemanha. O encontro com o mar ocorre na Romênia. Ao todo, corta dez países. O nome foi aprovado sem nenhuma objeção.

Em maio de 2017, veio a homenagem. Em uma assembleia extraordinária, os sócios decidiram rebatizar o nome do estádio para Jardines del Hipódromo - María Mincheff de Lazaroff. Este é o primeiro estádio com nome de mulher no futebol uruguaio.

Uniforme

Divulgação/Danubio

Um dos apelidos do Danubio é ‘La Franja’. A motivação é a faixa negra transversal que corta o uniforme branco. Na época da fundação, os estudantes decidiram comprar camisas brancas. Para conseguir o dinheiro, resolveram fazer uma rifa.

Alcides Olivera comprou dez bilhetes e exigiu: o uniforme deveria ter listras pretas verticais, em referência ao Montevideo Wanderers, campeão uruguaio de 1931. Em 1936, surgiu ‘La Franja’. Ou seja: a faixa transversal.

Naquele ano, o clube precisou fazer a mudança em função de uma outra equipe que tinha uniforme com listras verdes e brancas. Para evitar a semelhança durante partidas do campeonato da Liga Parque Rodó, o Danubio adotou o modelo que se tornaria tradicional.

O jogo contra o Atlético marcará a estreia do novo uniforme do Danubio (veja fotos abaixo). A partida de volta está marcada para 19h15 da próxima terça-feira, dia 12 de fevereiro, em Belo Horizonte.

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