“Me sinto muito honrado por, publicamente, o presidente do Santos fazer a declaração de que foi um erro que aconteceu (a saída do clube paulista), que eu não deveria ter saído e que deseja contar comigo novamente. Só que agora tenho contrato com o Atlético”, disse Ricardo Oliveira, que tem vínculo com o clube alvinegro até o fim de 2020.
“O Ricardo Oliveira é da nossa casa. Ele gosta do Santos, o Santos gosta dele. Teve passagens boas. A primeira vez pelo Santos, foi para o exterior, voltou para casa. O Santos lhe deu oportunidade, ele foi bem. Ele é sempre bem-vindo. É sempre o gostinho da volta para casa”, disse o presidente do Santos, em entrevista coletiva na última quinta-feira.
Após uma temporada com lesões e problemas de saúde em 2017, o centroavante deixou a Vila Belmiro rumo à Cidade do Galo. Pouco mais de um ano depois, o Santos - sob nova direção - voltou a demonstrar interesse em Ricardo Oliveira. O técnico Jorge Sampaoli é admirador do futebol do atacante.
Ricardo Oliveira se mostrou feliz por ser lembrado por um grande clube do futebol brasileiro especialmente num momento em que a carreira se aproxima do fim. O experiente centroavante completa 39 em 6 de maio. Mesmo com a idade considerada avançada para a profissão, o jogador vive grande fase. São dez gols em 11 jogos no ano.
“É um momento muito especial. Dentro do mercado nacional, acho que estou indo na contramão. Quando um jogador atinge uma certa idade, no Brasil a gente sabe como é. Você estar sendo desejado por grandes clubes, para mim é um motivo de muita alegria”, disse.
“Quero estar onde eu me sinta valorizado”
“Eu quero estar onde eu seja querido. Eu quero permanecer onde me querem. Eu me sinto querido aqui. Acho que o torcedor tem demonstrado esse carinho comigo. Eu não posso me queixar de nada. Qualquer tipo de situação tem que ser apresentado aqui no Atlético. E aí o presidente (Sérgio Sette Câmara), o pessoal, se achar que deve levar adiante para conversar… Aí já não depende mais de mim. Mas uma coisa é certa: eu quero estar onde eu seja desejado, onde eu me sinta querido e valorizado”, disse.
Leia, na íntegra, a declaração de Ricardo Oliveira sobre o interesse do Santos
“Não. Já justifico porque falei não. Primeiramente, quero falar deste momento, que é um momento muito especial. Dentro do mercado nacional, acho que estou indo na contramão. Quando um jogador atinge uma certa idade, vou completar 39 anos… No Brasil, a gente sabe como é. Não que fora não seja. Fora também é. Só que é diferente a forma como esses jogadores mais experientes são tratados. No Brasil, é completamente diferente. Então, você chegar em uma fase da carreira, com quase 39 anos - vou completar no próximo mês -, e você estar sendo desejado por grandes clubes, para mim é um motivo de muita alegria. Quero lembrar a vocês que eu já falei sobre isso daí aqui mesmo, sentado nesta cadeira, a respeito do que o próprio treinador do Santos falou, do desejo de querer trabalhar comigo. Ficou público isso daí. Já respondi essa pergunta no passado. A mesma coisa eu volto a repetir: existe um contrato com o Atlético, eu tenho vínculo até dezembro de 2020. Então, qualquer tipo de situação vai ter que ser discutida com o Atlético. Obviamente, eu quero estar onde eu seja querido. Eu quero permanecer onde me querem. Eu me sinto querido aqui. Acho que o torcedor tem demonstrado esse carinho comigo. Eu não posso me queixar de nada. Então, você estar sendo desejado por grandes clubes - que no caso é o Santos, que eu tenho um vínculo lá, fiquei três anos lá. E foram três anos maravilhosos, de títulos, de conquistas importantes. Só que eu procuro olhar sempre para frente. Então, as coisas que para trás ficaram, não tem como eu voltar lá e tentar acertar alguma coisa. O objetivo é olhar para frente. O que se apresenta na minha frente é o Atlético, é o time que me paga, é o time que eu estou vestindo a camisa e que agora estou aqui fazendo o meu melhor para poder dar o resultado que todo mundo espera de mim. Isso é algo que não vai tirar meu foco. Eu mantenho sempre o equilíbrio em qualquer tipo de situação. Mas, obviamente, me sinto muito honrado por, publicamente, o presidente do Santos fazer a declaração de que foi um erro que aconteceu, que eu não deveria ter saído e que deseja contar comigo novamente. Só que agora, como falei aqui, tenho contrato com o Atlético. Tenho mais um ano e pouco de contrato. Qualquer tipo de situação tem que ser apresentado aqui no Atlético. E aí o presidente, o pessoal, se achar que deve levar adiante para conversar… Aí já não depende mais de mim. Mas uma coisa é certa: eu quero estar onde eu seja desejado, onde eu me sinta querido e valorizado. Dentro disso, não posso me queixar de nada, de forma alguma. Para responder isso daí, o meu ‘não’ no início foi que isso não iria me desfocar, não ia me tirar do foco, do objetivo que tenho com a camisa do Atlético.”