
Saiba mais
"Fomos notificados. Eles vão receber mais ou menos 700 mil euros, porque tinha uma parcela pendente. Eles pediam quase 800 mil euros, por conta de juros e outros pedidos, mas o valor final foi reduzido. Esse valor nós vamos pagar, não há discussão", disse o vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, ao Superesportes.
Segundo o dirigente, a decisão isenta o Atlético de um repasse de 2,5 milhões de euros (R$ 11 milhões) ao Huachipato. O clube chileno acusou o brasileiro de fazer uma "venda simulada" de Otero ao Al Wehda, da Arábia Saudita.
O julgamento, porém, entendeu que o Atlético emprestou o jogador venezuelano ao clube árabe. Se ficasse constatada a "venda simulada", o Huachipato teria direito a receber 50% do valor total da negociação - estabelecido em 5 milhões de euros (R$ 22 milhões).
Em maio de 2018, o Atlético emprestou Otero ao Al Wehda. O clube árabe tinha direito de exercer a opção de compra se pagasse mais 5 milhões de euros até 31 de dezembro do ano passado, mas não o fez.
"Nós travamos uma discussão com o Huachipato. Eles pretendiam, além dessa parcela pendente, mais a metade do valor do empréstimo, sustentando que isso era uma simulação de venda. Nós ganhamos isso. Eles pediram em torno de 3,2 milhões de euros, mais ou menos, e ficaram com 700 mil euros", defendeu Lásaro.
O caso Otero
Otero chegou ao Atlético por empréstimo, em 2016, durante a gestão do presidente Daniel Nepomuceno. Em 2017, a diretoria alvinegra decidiu exercer a preferência de compra de 50% dos direitos econômicos do jogador por 800 mil euros. A quantia deveria ser paga em duas parcelas de 400 mil euros, em agosto de 2017 e janeiro de 2018.
O alvinegro não quitou toda a dívida e, por isso, foi acionado pelo time chileno. A primeira parte foi paga apenas na gestão do presidente Sérgio Sette Câmara.
O contrato de Otero com o Al Wehda termina no fim do primeiro semestre. Ele retorna ao Atlético para cumprir o restante do contrato com o alvinegro - vínculo vai até junho de 2021.