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Caso Otero: TAS dá prazo para Atlético quitar dívida; decisão isenta repasse de R$ 11 milhões

Clube alvinegro quitará parcela referente à compra do meia, efetuada em 2017

postado em 08/05/2019 16:41 / atualizado em 08/05/2019 17:03

<i>(Foto: Divulgação/Al Wehda)</i>
O Atlético foi notificado oficialmente da decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) sobre o ‘caso Otero’. O clube alvinegro terá que pagar até 30 de maio pouco menos de 700 mil euros (cerca de R$ 3 milhões na cotação atual) ao Huachipato, do Chile, referentes a uma parcela da compra do meia, efetuada em 4 de abril de 2017. Não cabe recurso.

Se não efetuar o pagamento no prazo estabelecido, o Atlético corre o risco de ser impedido de contratar e inscrever novos jogadores por uma janela de transferências. Segundo o clube, porém, não há possibilidade de o pagamento não ser efetuado.

"Fomos notificados. Eles vão receber mais ou menos 700 mil euros, porque tinha uma parcela pendente. Eles pediam quase 800 mil euros, por conta de juros e outros pedidos, mas o valor final foi reduzido. Esse valor nós vamos pagar, não há discussão", disse o vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, ao Superesportes.

Segundo o dirigente, a decisão isenta o Atlético de um repasse de 2,5 milhões de euros (R$ 11 milhões) ao Huachipato. O clube chileno acusou o brasileiro de fazer uma "venda simulada" de Otero ao Al Wehda, da Arábia Saudita.

O julgamento, porém, entendeu que o Atlético emprestou o jogador venezuelano ao clube árabe. Se ficasse constatada a "venda simulada", o Huachipato teria direito a receber 50% do valor total da negociação - estabelecido em 5 milhões de euros (R$ 22 milhões).

Em maio de 2018, o Atlético emprestou Otero ao Al Wehda. O clube árabe tinha direito de exercer a opção de compra se pagasse mais 5 milhões de euros até 31 de dezembro do ano passado, mas não o fez.

"Nós travamos uma discussão com o Huachipato. Eles pretendiam, além dessa parcela pendente, mais a metade do valor do empréstimo, sustentando que isso era uma simulação de venda. Nós ganhamos isso. Eles pediram em torno de 3,2 milhões de euros, mais ou menos, e ficaram com 700 mil euros", defendeu Lásaro.

O caso Otero

Otero chegou ao Atlético por empréstimo, em 2016, durante a gestão do presidente Daniel Nepomuceno. Em 2017, a diretoria alvinegra decidiu exercer a preferência de compra de 50% dos direitos econômicos do jogador por 800 mil euros. A quantia deveria ser paga em duas parcelas de 400 mil euros, em agosto de 2017 e janeiro de 2018.

O alvinegro não quitou toda a dívida e, por isso, foi acionado pelo time chileno. A primeira parte foi paga apenas na gestão do presidente Sérgio Sette Câmara. 

O contrato de Otero com o Al Wehda termina no fim do primeiro semestre. Ele retorna ao Atlético para cumprir o restante do contrato com o alvinegro - vínculo vai até junho de 2021.

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