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Dudamel fala sobre 'paixão' pelo Atlético, ídolo Taffarel, Sul-Americana e estilo: 'Bom jogo do Brasil e caráter argentino'

Treinador também elogiou a base e comentou a preparação dos goleiros alvinegros: 'Na vida, para triunfar, é preciso ser atrevido, ter ousadia'

postado em 03/02/2020 20:29 / atualizado em 03/02/2020 20:39

(Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Às vésperas da estreia do Atlético na Copa Sul-Americana contra o Unión-ARG, o técnico Rafael Dudamel falou sobre o estilo de jogo que quer implementar no clube: "Uma mistura de um bom jogo do Brasil à garra, ao físico, ao caráter argentino, uruguaio, venezuelano". Em entrevista exclusiva ao DAZN plataforma que transmitirá as partidas do torneio continental (clique aqui para saber como assistir) -, o venezuelano comentou o trabalho na Cidade do Galo, disse estar 'apaixonado' pelo clube alvinegro e ainda revelou admiração pelo ídolo Taffarel.

Ao longo da conversa, Dudamel deu detalhes sobre a preparação dos goleiros do Atlético: "Na vida, para triunfar, é preciso ser atrevido, ter ousadia", disse. Em seguida, o treinador citou alguns destaques da base alvinegra que devem ganhar oportunidades ao longo da temporada 2020. Para assistir à entrevista completa, acesse o DAZN.



A seguir, leia e veja trechos:

Proposta para treinar o Atlético

Foi muito importante para nós, pelo que significa o Brasil, pelo que significa o Atlético, pela projeção de nossa carreira. Olhar as instalações administrativas, esportivas, a paixão do torcedor... Foi um conjunto de aspectos analisados para decidir se seria o Atlético. Não demorou muito. Foi fácil se apaixonar pelo Atlético. Temos tudo para trabalhar de forma profissional. Fiquei impressionado (com a estrutura). É o que a gente espera do Atlético, do futebol brasileiro. Quando se fala do Brasil lá fora, espera-se isso. Quando se chega aqui, entende-se porque é o país mais vezes campeão do mundo.

Estilo a implantar no Atlético

Gosto que a equipe jogue sempre um bom futebol, mas gosto que os jogadores sejam inteligentes. (Que saibam) Quando podemos ter uma saída limpa, quando o rival tem uma boa pressão e temos que fazer um lançamento para passar zonas. Quando sua equipe não está emocionalmente bem no jogo e como controlar o time com o físico. Uma mistura de um bom jogo do Brasil à garra, ao físico, ao caráter argentino, uruguaio, ao caráter do venezuelano, de lutar, de trabalhar. Uma mistura, um complemento, mas tudo cabe aos jogadores. Se você tem bons jogadores para jogar, vai jogar. Mas se não tem jogadores para desenvolver o jogo, é preciso ter outras características.

Inspirações como treinadores

Como treinador, não tenho um ídolo, tenho admiração por muitos treinadores. Quando posso viajar, gosto de ir aos treinos deles. Complemento a preparação teórica com conversas com meus colegas, com observações de treinos, e ao fim tenho que realizar/definir meu estilo, minha forma de jogar.

O que um estrangeiro agrega ao futebol brasileiro

O Brasil, historicamente, teve jogadores muito talentosos. O Brasil vive por e para o futebol. Nós viemos de um país que não de muita tradição futebolística como o Brasil, um país não de muito talento. Mas entendemos que se não trabalharmos duas, três vezes mais, é difícil competir em bom nível. É um pouco a combinação do talento com o trabalho, com a intensidade, com a dinâmica, de não apostar somente no talento.

Jogadores especiais na base do Atlético

Sim, são características diferentes. Bruno Silva tem muito boa característica para triunfar. Michael, no gol, tem muito boa característica para triunfar. Há alguns jovens que estamos trabalhando no profissional, Adriano, Gustavo, Castilho, que mostram que têm capacidade e têm fome de triunfo. Querem aproveitar as oportunidades. Isso é muito importante.

Admiração por Taffarel, ídolo do Atlético

Taffarel era muito completo, sempre estava concentrado. Eu torcia pelo Taffarel. Eu tinha 14 anos. Imagina. E Taffarel foi jogar na Venezuela, Venezuela e Brasil, em Caracas, no Estádio Brígido Iriarte, e eu ficava atrás do gol do Taffarel. Ele era meu ídolo, digo de coração. E depois enfrentei Dida, Marcos. Conheço a história dos goleiros do Brasil porque eu gostava do Taffarel. Ele resolvia tudo sem ter que se sujar. Eram dois, três passos, e chegava sempre na bola. Era impressionante. Recordo aquele momento, do Taffarel jogando contra a Venezuela, e eu com 14 anos, observando, olhando, desfrutando. Eu queria que a Venezuela ganhasse, mas estava feliz porque no gol estavam meus dois maiores ídolos: Taffarel e Baena (Cèsar Baena, ex-goleiro da Seleção Venezuelana). Eu era o jovem mais feliz.

Goleiros precisam jogar bem com os pés

Sim. Não é uma obrigação, porque quando se tem goleiros que jogam bem com os pés, o goleiro quer sempre a bola, e isso é um problema. O goleiro precisa jogar bem com os pés para resolver situações que se apresentem no jogo. Mas o goleiro precisa estar bem com as mãos. Tem que cuidar das mãos. Os pés são um complemento. O importante são as mãos e a cabeça. A cabeça para estar sempre no lugar correto. Participa pouco do jogo, mas, quando participa, tem que fazer o certo.

Goleiros como batedores de faltas

Estimulo (isso) para produzir no goleiro uma capacidade de atrevimento, de ousadia. Na vida, para triunfar, é preciso ser atrevido, ter ousadia. Senão, o goleiro só vai ficar para receber gols. Isso não tem sentido. Eu incentivo conhecendo as qualidades do goleiro e com muito trabalho e responsabilidade. Escolhendo os melhores momentos.

Levar o Atlético mais longe na Sul-Americana

Não posso pensar em não repetir os erros do ano passado (quando clube foi semifinalista). Tenho que extrair o bom, o positivo, para melhorar o que foi feito ano passado. Há um time-base muito importante, jovem, com experiência, que sabe competir.

Pilares para ter sucesso no Galo

Trago uma equipe com capacidade, meu corpo técnico. Aprendi que para o futebol, para a vida, tem que ter talento, tem que ter capacidade de acordo com a disciplina. Sobretudo, é preciso ter desenvolvimento com base no trabalho, a parte física, técnica, tática, a parte mental. Tem que alimentar, tem que preparar todas as capacidades do ser humano, do atleta, por isso estou consciente que todo o trabalho não pode ser feito por uma pessoa só. A cara visível de um time é o treinador, mas comigo há profissionais em todas as áreas. Para que desenvolvam a parte psicológica, física. A parte psicológica é muito importante para que se possa definir objetivos.

Importância da preparação física

São importantes as duas coisas: a parte física e a parte coletiva. Nesta etapa, num início de trabalho, fala-se mais da preparação física, da preparação física dentro do funcionamento coletivo. Nossos trabalhos de preparação física sempre são com a bola, com espaços reduzidos, em trabalhos coletivos. Todos os trabalhos físicos requerem um funcionamento tático importante, porque não temos muito tempo de preparação.


Psicologia como aliada da preparação

Quando se ganha e se perde, há muitas emoções. E o jogador de alta performance, o ser humano, tem que buscar ter um equilíbrio que mantenha sempre um foco. Seu objetivo não pode ser desviado pela euforia de uma vitória ou pela amargura e tristeza de uma derrota.


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