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América do Sul, Europa e África: dirigente do Atlético explica expansão do processo de captação de jogadores

Júnior Chávare também falou sobre o futuro do time de transição do Galo

postado em 31/05/2020 06:00 / atualizado em 30/05/2020 23:37

(Foto: Pedro Souza / Atlético)

Desde que chegou ao Atlético, em maio de 2019, Júnior Chávare tem reformulado as categorias de base do clube. Idealizador do projeto “DNA Alvinegro”, o dirigente revelou que o Galo está bem atento aos jovens jogadores de times sul-americanos, europeus e africanos.

Há pouco mais de um ano na coordenação da base do Atlético, Chávare montou uma equipe para observar jogadores em diversos cantos do país. Foram mais de quatro mil jogadores analisados nesse período. Essa observação é feita por seis profissionais, que se dividem pelas diversas regiões do Brasil. Sendo assim, o dirigente garantiu que o Galo já mapeou atletas dos times das Séries A, B, C e D, além de algumas equipes da América do Sul.

“Dentro do processo de captação, nós temos o Brasil completamente mapeado [..] e ampliamos, esse ano que passou, do final do ano para o começo desse, a observação para a América do Sul. Então, só agora durante a pandemia, nós fizemos relatórios de 17 jogadores da América do Sul, relatórios minuciosos, preparados para isso”, revelou Júnior Chávare em live do canal Fala Galo, no Youtube.

De acordo com Chávare, além do mercado sul-americano, o clube alvinegro já expandiu seu processo de captação para outros continentes. “Hoje nós temos pelo menos dez países na Europa que já estamos fazendo o monitoramento. E, especificamente no continente africano, nós começamos, de janeiro desse ano para cá, algumas observações em cima do que nos está sendo passado”, disse.  

Um bom exemplo de captação de talentos na África é a França. Há anos jogadores africanos têm sido revelados por times francês e, muitos deles, acabam se naturalizando. Por conta dos bons resultados, esses atletas estão mais valorizados e concorridos no mercado europeu, o que dificulta as negociações.
 
“O nosso dinheiro ficou muito desvalorizado em relação à europa. Então, você pega um jogador do continente africano que o salário dele é três ou quatro vezes maior do que o teto que tenho para a base. Isso muitas vezes vai inviabilizar o negócio”, explicou Chávare.

Paralelamente ao monitoramento dos clubes, o Galo também observa garotos que ainda não chegaram às categorias de base. Para não perder jovens destaques, Júnior Chávare contratou um observador especialista em áreas de vulnerabilidade social. Ele acompanha jovens que jogam embaixo de viadutos ou em campos de várzea localizados em periferias, principalmente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Equipe de transição

Ao lado de Rui Costa, ex-diretor de futebol do clube, Chávare comandou o projeto do time de transição, que hoje passa por turbulências e não há garantias de sua manutenção. A ideia era aproveitar jovens que estouraram o limite da idade na base para prepará-los adequadamente para suprir necessidades no grupo profissional. Alguns dos atletas chegaram a figurar em listas de relacionados ou até mesmo em campo durante o início de 2020.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, a Atlético chegou a dispensar alguns desses jogadores. Segundo Júnior Chávare, o futuro do grupo será definido em breve.

“O time de transição está passando por um momento de transição. Com a chegada do Sampaoli, esses jogadores continuam treinando e, quando ele precisar, ele transforma junto da equipe principal. Ou seja, o projeto continua com uma nova modelagem, um novo corpo. Se isso vai continuar até o final do ano, se vai continuar eternamente, eu não posso dizer, porque isso é uma decisão que vai ser tomada em breve e futuramente com as conversações”, concluiu.

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