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Vice do Atlético explica contratações mesmo com salários de funcionários e jogadores atrasados

Lásaro Cândido da Cunha também falou sobre a entrada de patrocinadores em diversas negociações

postado em 07/06/2020 11:00

(Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás e Divulgação/Conmebol)

Por conta das dificuldades financeiras provocadas por dívidas acumuladas e a perda de receita em decorrência da paralisação do futebol, forçada pela pandemia do coronavírus, funcionários e jogadores do Atlético estão com salários atrasados. Apesar do cenário, o clube alvinegro segue ativo no mercado da bola. O vice-presidente Lásaro Cândido da Cunha explicou a “engenharia” por trás das contratações.

Até a última semana de maio, o Galo tinha duas folhas salariais pendentes com funcionários e jogadores - estes com os direitos de imagem também atrasados. Os vencimentos referentes ao mês de março foram quitados no último dia 26, o que deixou em aberto os dividendos de abril e, agora mais recente, os de maio.

Apesar das pendências, o Atlético continua ativo no mercado. Alan Franco, meio-campista equatoriano de 21 anos, foi adquirido junto ao Independiente Del Valle-EQU. Ao Goiás, o alvinegro pagou R$ 4 milhões por 80% dos direitos do volante Léo Sena, de 24 anos. Segundo Lásaro, o capital para as duas contratações não saiu do caixa alvinegro, o que não afeta o pagamento dos salários. De acordo com o vice-presidente, há transparência entre diretoria e elenco quanto aos gastos do clube.

“Estamos em um momento dramático, porque, realmente, as receitas acabaram. Mas é aquela velha história da bicicleta: se parar, desmonta. Então, sendo transparente, e com as conversas que tive com o Sérgio (Sette Câmara) e o Alexandre (Mattos), as explicações estão sendo muito transparentes”, explicou Lásaro Cândido da Cunha em live no canal Fala Galo, no Youtube.

“Se o clube tivesse tirado o dinheiro do salário para contratar, não teria ambiente. Aí não tem jeito. Mas não é o caso. O jogador sabendo disso, e hoje estão muito mais esclarecidos, sabem tudo que está acontecendo, ele não precisa ter medo, ele vai receber, o Atlético tem condição (de pagá-lo)”, completou o dirigente. 

Outro atleta que está na mira do Galo é o atacante Marrony, de 21 anos. O Atlético ofereceu 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 20 milhões) ao Vasco para contar com o jogador, que foi indicado pelo técnico Jorge Sampaoli. Para concretizar a compra, o alvinegro conta com a ajuda dos parceiros MRV Engenharia e Banco BMG.

Conforme explicou Lásaro, as parcerias são feitas com investidores que querem ajudar o clube. Em algumas negociações, os termos estabelecidos entre as partes indicam que o patrocinador receberá o valor do investimento apenas quando o jogador for vendido. Caso não ocorra a venda, o investidor arca com o prejuízo. Entretanto, o dirigente preza pela responsabilidade ao contratar atletas nesse molde.

“Acho que temos que ter responsabilidade nessa hora, mas também não podemos desmanchar o nosso principal ativo, que é o futebol, que temos que ter em um nível pelo menos razoável, compatível com nossa história. Isso é importante, e equilibrar isso que é difícil”, concluiu.

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