Árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou o pênalti em Jô, mas voltou atrás na decisão (Foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press. )
O Atlético conquistou seu 46º títulodo Campeonato Mineiro com muita polêmica. O América reclama de um pênalti não marcado nos acréscimos pelo arbitro Felipe Fernandes de Lima do duelo no Mineirão. Com o segundo 0 a 0 da decisão, a taça foi para Lourdes, já que o Galo teve melhor campanha na fase inicial do Estadual.
Em 2014, na final do Mineiro contra o Cruzeiro, era o Atlético que reclamava de uma penalidade não assinalada na finalíssima. Coincidentemente, na época, as duas partidas finais também terminaram sem gols, beneficiando a Raposa que foi campeã por ter melhor campanha na fase de classificação.
O lance polêmico na finalíssima deste sábado (22) envolve os zagueiros Igor Rabello e Eduardo Bauermann. O atleticano teria empurrado o americano dentro da grande área. Comentaristas de arbitragem divergem sobre o que marcar. O ex-árbitro Paulo César de Oliveira, da TV Globo, garante que foi pênalti. “O Eduardo Bauermann já está no ar, saltando, e não tem disputa de bola. O Igor Rabello empurra o jogador do América”, disse.
Já Sandro Meira Ricci, no canal Premiere, acredita que não houve penalidade. ”Eu não vejo o Igor Rabello empurrando. Por essa imagem, fica claro. Para mim, o jogador do América aproveita”, destaca.
Pênalti não marcado por Felipe Fernandes de Lima gerou polêmica; comentaristas divergem sobre a decisão do arbitro (Foto: Alexandre Guzanahe/EM/D. A Press)
Polêmica em 2014
Em 2014, Atlético e Cruzeiro estiveram frente a frente na final do Campeonato Mineiro. A expectativa era alta, pois a final tinha o atual campeão da Copa Libertadores, o Galo, contra o então detentor do título do Campeonato Brasileiro, o time azul.
O Cruzeiro estava com a vantagem por ter feito melhor campanha na fase de classificação. Depois de um 0 a 0 no estádio Independência, a partida no Mineirão teve o mesmo desfecho, o que beneficiou a Raposa.
No Gigante da Pampulha, porém, um lance poderia ter mudado a história do jogo. Aos 43 minutos do segundo tempo, o atacante Jô foi lançado na área por Neto Berola e derrubado pelo zagueiro Dedé. O árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou o pênalti, mas voltou atrás na decisão ao ver que o assistente, Fábio Pereira, havia assinalado impedimento na jogada.
Na época, o comentarista da TV Globo, o ex-árbitro Márcio Rezende de Freitas, cravou: “Não há o impedimento e houve o pênalti”. A partida seguiu e o Cruzeiro conquistou aquela que foi a 100ª edição do Estadual de Minas Gerais.
Atlético e Cruzeiro decidiriam outro título ainda em 2014, o da Copa do Brasil. O Galo venceu os dois jogos da final, no Independência (2 a 0) e no Mineirão (0 a 1), e foi campeão.
