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COPA LIBERTADORES

O que funcionou (e o que fracassou) nos protocolos de Atlético x Palmeiras

Avenida das Palmeiras, em frente ao Bar do Peixe, continuou como principal problema quanto à aglomeração. Guarda Municipal faz balanço positivo do evento

(Foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Belo Horizonte teve mais uma oportunidade para mostrar que é possível ter público no estádio mesmo (ainda) em meio a uma pandemia. Após cenas de aglomerações que  desesperaram o prefeito da cidade , protocolos foram endurecidos para receber outro confronto da mesma competição, desta vez pela semifinal disputada entre Atlético e Palmeiras, na noite de terça (28/9). 

 

Ao fim do duelo, que terminou empatado em 1 a 1 e culminou na eliminação do Galo da Copa Libertadores, qual é o saldo? O que funcionou? O que decepcionou?

 

Merece aplausos 

 

De positivo,  os bloqueios para acesso às imediações do estádio  – que filtraram bem quem tinha e quem não tinha ingresso – e as aberturas do estacionamento (este iniciou o expediente até antes do previsto) e dos portões.

 

Se a liberação dos acessos ocorreu às 18h30, o fechamento se estendeu além do previsto. Os portões do Mineirão se fecharam com atraso, às 20h55, 25 minutos além do previsto pelo protocolo da Prefeitura de BH.

 

 

 

A norma do Executivo municipal é para que isso aconteça no máximo até uma hora antes de a bola rolar.

 

Por volta das 20h, 30 minutos antes do fechamento oficial dos portões, apenas 7 mil torcedores estavam dentro do Mineirão,  nem metade do número de ingressos vendidos.

 

 

 
Merece vaias 

 

Outra limitação foi a já conhecida aglomeração na Alameda das Palmeiras, em frente ao Bar do Peixe, popular ponto de encontro de torcedores. O uso da máscara e o distanciamento foram exceção, dentro e fora do estádio.

 

Apesar do pedido sinalizado no entorno – “não aglomere” –, torcedores desrespeitaram o distanciamento.

 

Dentro do Gigante da Pampulha, a distância de segurança sanitária entre os torcedores praticamente não existiu.

 

Nos bares do estádio, a aglomeração foi ainda maior. Até para comprar água foi complicado, quanto dirá a cerveja, bebida preferida da torcida.

 

 

 

Outro problema aconteceu na entrada dos torcedores. Alguns funcionários  permitiram a entrada sem a conferência dos itens obrigatórios : exame negativo de COVID-19 realizado até 72h antes da partida, documento de identidade e ingresso.

 

Muitos avançaram para a Esplanada do Mineirão sem a conferência da identidade. Portanto, não era possível saber se o teste apresentado pertencia ou não àquele torcedor.

 

Comandante opina

 

 

 

O subsecretário e comandante da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte, Rodrigo Sérgio Prates, avaliou a entrada dos torcedores como positiva, apesar das aglomerações.

 

“A gente avalia que o procedimento de entrada foi exitoso sobre o ponto de vista do que planejamos. Ainda que se tenha uma aglomeração de torcedores, foi num ambiente controlado, no qual se pode verificar que os mesmos estavam testados e entraram no estádio. Esse era o esforço”, disse.

 

Rodrigo Sérgio Prates, no entanto, confessou que houve aglomerações, sobretudo em frente a Bar do Peixe.

 

“É claro que quando a gente fala de um evento que envolve 18 mil pessoas, mais colaboradores e o efetivo de segurança, não tem como fugir de algumas coisas”, afirmou.

 

Entre as ocorrências de destaque, o comandante disse que houve um furto, mas que o fato foi controlado.

 

“A única ocorrência que eu presenciei foi um pequeno furto na entrada, no qual a vítima percebeu que estava sendo subtraído seu celular, gritou e rapidamente as forças interagiram”.

 

Trânsito

 

Antes da partida, as principais vias de acesso ao Mineirão registraram congestionamento.

 

Na Avenida Antônio Carlos, rumo ao estádio, o problema se concentrava, sobretudo, na saída do Anel Rodoviário, altura do Bairro São Francisco, segundo Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).

 

Já na Avenida Carlos Luz, também em direção ao Gigante da Pampulha, o engarrafamento vinha desde o Cemitério da Paz, no Alto Caiçaras.

 

Apesar disso, não houve registro de acidentes, e o fluxo de veículos se controlou após o início da partida.

 

A BHTrans também realizou diversos bloqueios nas imediações do Mineirão para evitar o acesso de quem não tinha ingresso, não trabalharia nem mora na região.  

 

Eles aconteceram nas avenidas Carlos Luz (com Avenida Alfredo Camarate), Otacílio Negrão de Lima (com Avenida Coronel Oscar Paschoal), Antônio Abrahão Caram (com Alameda das Acácias) e na Alameda das Palmeiras (com Avenida Coronel José Dias Bicalho).

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