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Justiça determina que União pague o tratamento de Matheus, mas governo ainda pode recorrer

Mãe do pequeno cruzeirense alerta, entretanto, que situação ainda não é definitiva

postado em 18/12/2015 12:23 / atualizado em 18/12/2015 17:19

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
O futebol tem a capacidade de proporcionar as sensações mais eufóricas em seus principais momentos de glória, que podem chegar na forma títulos e grandes conquistas. Mas, antes de se consolidarem, esses episódios são construídos por pequenos fatores: o drible, o passe decisivo, o gol. Nesta quinta-feira, a família do garoto Matheus saboreou um desses instantes. Uma vitória conquistada nos tribunais pode ser decisiva na luta que o pequeno cruzeirense trava pela vida. A 21ª Vara Federal fixou um prazo de 20 dias para que o governo brasileiro encaminhe a criança de seis anos para os Estados Unidos e arque com o tratamento da rara doença que acomete seu intestino.

O parecer foi comemorado pelos familiares de Matheus com o entusiasmo digno de um gol. Mas, conforme a mãe do garoto alertou, a vitória conquistada nesta manhã ainda não é definitiva. Em conversa com o Superesportes, Gecilene Oliveira destacou que a União ainda pode recorrer e alongar o processo. Ela também pediu que os usuários das redes sociais não tirem  conclusões precipitadas acerca dos acontecimentos.

“A sensação de hoje é de alegria, mas ainda temos muita coisa pela frente. Espero que as pessoas não postem que já conseguimos uma decisão definitiva. É um primeiro passo, temos que pedir ainda que a Justiça não fique com o dinheiro da campanha. Tomara que ele possa ser tratado adequadamente. Ainda não sabemos quando teremos um parecer definitivo, então agora precisamos pedir muito a Deus”, afirmou.

Matheus sofre de displasia neuronal no intestino, condição que dificulta o funcionamento do seu sistema digestivo. Além de impedir que o garoto consiga se alimentar normalmente, a doença fez com que ele perdesse a visão aos três anos. A solução para o quadro está no transplante de intestino realizado exclusivamente no hospital Jackson Memorial, em Miami. Os custos do tratamento, que também engloba os olhos e rins do pequeno, giram em torno de R$ 4 milhões. Os altos valores envolvidos na cirurgia fizeram com que os responsáveis pela criança entrassem na Justiça para que o governo brasileiro pudesse arcar com as despesas.

Cruzeirense, Matheus foi abraçado em doações e recursos disponibilizados pela torcida e pelo time celeste. A ampla divulgação do caso rompeu as barreiras da rivalidade dentro de campo e fez com que jogadores e torcedores de Atlético, América e outros clubes se solidarizassem com a iniciativa. Diversas personalidades da música e do esporte também embarcaram na corrente.

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