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América: Salum detalha destino das premiações da Copa do Brasil

Presidente revelou que dinheiro arrecadado foi utilizado na quitação de pendências, premiações e em reformas estruturais

postado em 12/02/2021 17:03 / atualizado em 12/02/2021 17:24

(Foto: Marina Almeida/América)

Em entrevista exclusiva ao Superesportes, Marcus Salum, presidente do América, detalhou o destino das premiações da última edição da Copa do Brasil - na qual o América fez campanha histórica e alcançou as semifinais. Ao todo, o clube mineiro arrecadou R$ 17,59 milhões com receitas advindas do torneio.
 
O dirigente revelou que boa parte do dinheiro foi utilizado para regularização de contas, reformas estruturais e premiações.

“A aplicação dos recursos da Copa do Brasil foi para aliviar as contas do América. Essa é a frase correta. Quem acompanha a gente, e nós temos um portal da transparência, viu que nós fizemos um orçamento onde teríamos um equilíbrio entre receita e despesa com um pequeno déficit. Mas estávamos carregando um déficit que vinha de outros anos, que todos os clubes têm. Não era um déficit pequeno, era razoável”, disse Salum à reportagem.

Para a temporada 2020, o América estipulou sua receita operacional líquida em R$ 35.689.530,00. Com 'Jogos e Competições', o clube pretendia arrecadar R$ 5.755.449,00. Somente as premiações da Copa do Brasil representaram o triplo dessa meta.

Marcus Salum também revelou ao Superesportes que grande parte dessa receita foi dividida com jogadores e membros da comissão técnica.

“Este ano, tivemos superávit. Arrecadamos mais do que esperávamos, mas tivemos a pandemia, com perda de receita. Daí começamos a fazer acordo com jogadores, postergar pagamentos, tirar direito de imagem e tal. No momento em que encaixamos na Copa do Brasil e os recursos entraram, praticamente 30% do que nós arrecadamos foi para premiação. Temos que dividir com os atletas, porque eles ganham. Temos 10% retidos, e de 25 a 30% de premiação. O que fizemos? Fizemos tudo em dia da parte financeira com os atletas. O América pagou ajuda de custo, premiação, tudo que tinha que pagar, e acertou tudo com os jogadores antes do previsto”.


 
Perdeu a entrevista com Salum? Clique aqui para escutá-la. 

Reformas no CT


Salum também afirmou que o América destinou parte dos recursos da Copa do Brasil a obras no CT Lanna Drumond, em Belo Horizonte.

“Investimos na ordem de R$1,5 milhão a R$2 milhões no CT. Fizemos a terraplenagem do campo de cima, que era do júnior, invertemos em cima do projeto que fizemos, gramamos e vamos inaugurar em fevereiro o novo campo no mesmo molde do campo principal. É uma obra que não foi barata, porque tivemos que terraplenar tudo, nos mesmos moldes que vai ser o Planeta América”, disse à reportagem.

O projeto Planeta América prevê a construção de uma grande estrutura de treinamentos, com instalações modernas e nove campos de futebol. 

“Tínhamos um problema de enchente interna no América, em que descia muita água. Fizemos uma obra de drenagem muito grande, que está terminando, em torno de R$400 mil a R$500 mil, para encerrar os problemas de água no CT. A água vai ser jogada na galeria lá embaixo, pois tinha muita enchente quando chovia demais”, afirmou Salum.

“Tínhamos um projeto que, se passássemos do Palmeiras na Copa do Brasil, iríamos asfaltar toda a rua que foi feita e começaríamos a construção do hotel. Infelizmente não passamos, mas são projetos que teremos de executar logo. Os recursos foram bem aplicados, mas não temos dinheiro em caixa. Foi tudo para quitar o que tínhamos de pendência”.



Presente e futuro


À reportagem, o presidente do América foi categórico: o clube vive seu melhor momento financeiro. Com pendências quitadas, o time mineiro pavimenta as bases para se transformar em clube-empresa no futuro

“Estamos começando o ano em situação muito melhor do que todos os anos anteriores em que dirigi, porque estamos começando sem pendência. Temos alguns problemas de fornecedores e impostos, mas que já estão sendo minimizados e resolvidos”.

“Nosso fluxo financeiro é pequeno. Nossa previsão orçamentária era de R$28 a R$30 milhões. Arrecadamos muito mais, zeramos os débitos que a gente tinha, acertamos fornecedores e impostos. Estou com expectativa boa de que aumentamos 10% da nossa possibilidade na Série A. Sonho com o clube-empresa porque gostaria de fazer uma transformação efetiva no América. O clube-empresa não é uma solução por si só, porque vai ter o mesmo trabalho que faremos aqui, tem que associar bem, cuidar bem dos recursos, e a gente vai trabalhar para isso”, completou.

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