
Decepção. Esta é a palavra adequada para descrever o sentimento dos torcedores que compareceram ao Independência para acompanhar o duelo entre América e Boa Esporte, nesta sexta-feira, pela 29ª rodada da Série B. O Coelho não conseguiu quebrar a sina da má campanha em casa e voltou a apresentar um futebol burocrático, sonolento e com pouca criação. O resultado de 0 a 0 ficou barato para o time comandado por Silas, pois os visitantes foram barrados pelas boas defesas do goleiro Matheus.
Com mais dois pontos desperdiçados em casa, o América perdeu outra boa oportunidade de chegar perto do G-4 da Série B, permanecendo na oitava colocação. Além disso, a equipe alviverde, que agora soma 44 pontos, acumulou o 11º empate no campeonato. A conta para retornar à Série A do Brasileiro está cada vez mais complicada, com o Coelho tendo que alcançar um aproveitamento muito alto nos nove jogos restantes. Para piorar, já são cinco jogos sem vitória no Independência.
Na próxima terça-feira, o América voltará a jogar fora de casa, diante do Sport, às 19h30, na Ilha do Retiro. Já o Boa Esporte, que permanece na intermediária da tabela, em 11º lugar, receberá o Joinville em Varginha, no mesmo dia e horário.
Coelho não ameaça na etapa inicial
Antes do início do jogo, existia a sina de que o América não conseguia render o esperado como mandante. E o primeiro tempo foi exatamente como previa o roteiro. Apagado, o Coelho não criou muitas situações de perigo e esbarrou na forte marcação do Boa Esporte. A única oportunidade clara aconteceu aos cinco minutos, quando Bady escorou invertida de Nikão e exigiu boa defesa de Douglas. A inspiração alviverde acabou ali.
Saiba mais
Não adiantava. O América trocava passes no meio-campo e até tinha posse de bola superior, porém estava muito aquém no quesito criatividade. Isolado, Nikão era quem tentava, sem sucesso, resolver com jogadas individuais. Os armadores Elvis e Bady apareciam somente na intermediária com chutes de longa distância. Já o atacante Marcão, substituto de Wéverton, praticamente não tocou na bola.
Por sua vez, o Boa Esporte era muito perigoso nos contra-golpes. Os ataques eram perigosos tanto pelas laterais, com Rafinha e Petros, quanto pelo meio, através de Marcelinho Paraíba. O camisa 10 boveta, inclusive, teve grande oportunidade no fim da etapa inicial, mas parou na boa intervenção de Matheus. Pode-se dizer que o camisa 1 foi o grande destaque do Coelho, já que ele fez outras duas defesas antes do intervalo.
Time melhora, mas não o suficiente para vencer
O América começou o segundo tempo com Carlos Renato no lugar de Danilo. E o camisa 14 tentou botar fogo no jogo ao fazer bom cruzamento para Nikão, que acabou deslocado por Vinícius Hess na grande área. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro mandou seguir o lance. Aos 11 minutos, Andrei Girotto soltou uma bomba de fora da área e obrigou Douglas a espalmar a bola. Na sobra, Marcão bateu fraco no meio do gol.
A postura do América passou a ser um pouco mais ofensiva. Só que o tempo e a ansiedade eram os principais inimigos. A cada chance desperdiçada, um misto de nervosismo e protesto ecoava das cadeiras do Independência. Mais tranquilo e de certa forma satisfeito com o resultado, o Boa Esporte se defendia com eficiência e até assustava nos contra-ataques. Aos 22 minutos, Malaquias saiu na cara do gol, mas a estrela de Matheus voltou a brilhar.
A torcida gritou o nome de Alessandro, mas quem entrou no lugar do apagado Marcão foi Fábio Júnior. Pouco depois, Tiago Alves substituiu o já exausto Elvis. O time seguiu desentrosado, apagado e abaixo da média. Sob a baliza, Matheus voltou a aparecer na finalização de Ciro Sena, aos 28 minutos, e na tentativa de infiltração do lateral Petros, já nos últimos instantes. Após o apito final de Ricardo Marques Ribeiro, merecidas vaias tomaram conta das gargantas dos poucos torcedores que foram ao Gigante do Horto.
VEJA COMO FOI O TEMPO REAL DA PARTIDA NO INDEPENDÊNCIA
AMÉRICA
Matheus; Elsinho, Jaílton, Vitor Hugo e Danilo (Carlos Renato, no intervalo); Gualberto, Andrei Girotto, Elvis (Tiago Alves, aos 30 do 2ºT), Bady e Nikão; Marcão (Fábio Júnior, aos 24 do 2ºT)
Técnico: Silas
BOA ESPORTE
Douglas; Rafinha, Ciro Sena, Thiago Carvalho e Petros; Moisés, Betinho, Vinícius Hess e Marcelinho Paraíba (Filipe, aos 36 do 2ºT); Fernando Karanga (Luiz Paulo, aos 44 do 2ºT) e Malaquias
Técnico: Nedo Xavier
Motivo: 29ª rodada da Série B do Brasileiro
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte
Data: sexta-feira, dia 11 de outubro de 2013, às 19h30
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Auxiliares: Ricardo Vieira Rodrigues e Wesley Moreira de Carvalho
Cartões amarelos: Jaílton, aos 43 do 1ºT; Thiago Carvalho, aos 12, Marcelinho Paraíba, aos 36, e Moisés, aos 41 do 2ºT
Público e renda: 1.008 pagantes e R$ 18.270,00