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A 8 rodadas do fim da Série B, torcida mostra confiança no acesso; Givanildo faz cálculos

Americanos se mostram animados com sequência de três vitórias que colocou Coelho na terceira posição, com 51 pontos. Pelo acesso, treinador mira mais cinco triunfos

postado em 11/10/2015 11:00 / atualizado em 11/10/2015 18:39

Rodrigo Clemente/EM D.A Press

As três vitórias seguidas e a consequente volta ao G4 da Série B do Campeonato Brasileiro devolveram ao América a confiança em garantir presença na Primeira Divisão no ano que vem. A torcida aposta que a arrancada final vai continuar e que o sonhado acesso será garantido, de preferência antes da última rodada e sem sofrimento. Foi em 2011 que o Coelho disputou pela última vez a Série A.

A reportagem do Estado de Minas conversou com torcedores americanos na terça-feira, no entorno do estádio Independência, onde o Coelho fez 1 a 0 no Macaé. O otimismo era coletivo, até pela sequência que a equipe terá pela frente.

“O jogo (de terça-feira) foi um divisor de águas. Ganhamos fôlego extra para continuar na briga. Agora, é vencer quem está embaixo para chegar bem aos confrontos direitos”, afirma o eletricista Clayton Galvão, projetando vitórias sobre ABC, Oeste e Boa, que estão na parte de baixo da tabela, antes de enfrentar Paysandu e Vitória, concorrentes diretos a uma das vagas na Série A de 2016.

Para ele, mesmo que os comandados por Givanildo Oliveira não venham apresentando grande futebol, o importante é conquistar os resultados positivos. Concorda com isso o educador físico João Vítor Lopes Brito, que tem recorrido aos cálculos de analistas de números a cada rodada da Série B. “A gente não para de cantar (durante os jogos) nem de acreditar (no acesso)”, declarou ele, que, de posse de uma murga – tambor com prato em cima, tradicional entre as torcidas argentinas –, é um dos responsáveis pela percussão da Unida Nação Americana (UNA), uma das organizadas do Coelho.

Quem tem mais experiência e já viveu alegrias, mas também tristezas com o América, também se mostra confiante. É o caso da aposentada Teresinha Carmen Silva Drumond, que escolheu o Independência como local para comemorar os 80 anos, completados justamente na terça-feira. Ao lado o marido, Murilo Dumond, e dos filhos, Adriane e Ronaldo, ela reafirmou o amor pelo clube do coração e não se arrependeu.

“São mais de 50 anos acompanhando os jogos do América e tenho de certeza de que vamos subir”, disse ela. O marido fez coro: “Se Deus quiser, veremos o América na Série A no ano que vem. Aliás, era para estar vendo neste ano, mas houve aquela bobeada no ano passado (a equipe foi punida com a perda de seis pontos por escalação de jogador irregular). Agora, vamos com tudo”, afirmou Murilo, de 86 anos.

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

A confiança da torcida tem se traduzido em números. Contra o Macaé o Coelho teve 3.135 pagantes, melhor público desde a derrota para o Botafogo, em 15 de agosto. Para os próximos jogos, é esperado um grupo crescente de americanos.

PREPARAÇÃO

Enquanto a torcida confia, Givanildo Oliveira prepara a equipe para pegar o ABC, sábado, às 16h30, em Natal. Com tempo disponível entre uma partida e outra, ele deu folga no fim de semana aos jogadores, que vão se reapresentar amanhã à tarde, no CT Lanna Drumond.

Como os torcedores, ele se mostra confiante, embora mantenha os pés no chão. Além disso, faz projeção de quantos pontos o Coelho vai precisar para voltar à Primeira Divisão. “Sempre foi aí, 65, 66 pontos, para ficar entre os quatro. Mas, às vezes, a competição muda. Há muitos empates. No ano passado, por exemplo, fizemos 61 pontos e por causa de um erro não nos classificamos (o Avaí foi o quarto, com 62)”, estima o treinador, ressaltando a importância de não perder o foco, principalmente diante das equipes consideradas mais fracas. “Temos de fazer a nossa parte.”

Da arquibancada (Paulo Vilara)

No ano passado, de triste lembrança, o América bateu na trave na hora de subir da Segundona para a Primeirona do futebol brasileiro. O time, sob o comando de Givanildo Oliveira, fez 67 pontos em campo, mas perdeu aqueles “famosos” seis pontos no STJD e, no fim da competição, com 61, ficou em quinto lugar, atrás do Avaí, que subiu.

Neste ano, apesar de ter tido oito pontos suprimidos por arbitragens mal-intencionadas em jogos contra Náutico, Oeste, Botafogo e Santa Cruz, o Coelhão alcançou a terceira posição na tabela de classificação nesta 30ª rodada. O espírito aguerrido do treinador e dos jogadores está fazendo o torcedor acreditar que, desta vez, a bola não vai bater na trave: o América vai chutá-la no ângulo e estufar a rede.

Golaço!

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